Indea isola 93 animais com varíola e notifica 7 fazendas
A doença se carateriza por lesões nas tetas das vacas e nas bocas dos bezerros, mas também pode ser transmitida para seres humanos. Doze pessoas que trabalham na ordenha nessas fazendas foram contaminadas com a moléstia. Este é o segundo caso da varíola bovina em Mato Grosso. A primeira vez ocorreu em 5 de abril deste ano. Houve confirmação da doença que acometeu seis propriedades rurais em Araputanga (345 km a oeste da Capital). Outros estados como Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais também tiveram registro da varíola em animais neste ano.
Foram colhidas amostras de soro sangüíneo, crostas e material vesicular para exame laboratorial e isolamento do vírus. Eles foram encaminhados para um laboratório especializado e o resultado deve ficar pronto em 30 dias.
A suspeita em Figueirópolis D"Oeste foi registrada no Indea no dia 18 de outubro. Além dos tormentos causados com a interdição nas fazendas de trânsito de animais, prejuízos podem ganhar maiores proporções com a presença de três técnicos da missão européia. Eles estão desde quarta-feira (07) na região Oeste do Estado verificando a condição dos rebanhos e a inspeção sanitária desenvolvida em Mato Grosso na região da fronteira com a Bolívia. Os europeus vão permanecer no Estado até o dia 15 de novembro e no Brasil até o dia 19.
Não há tratamento para combater o vírus e também não é necessário abater animais após a contaminação. Há apenas uma terapia de suporte que ataca os sintomas da doença, que dura de 15 a 20 dias. Para os homens a doença pode ser tratada com antibióticos ou antifúngicos. Para isso depende do tipo de infecção causada com os ferimentos.
A varíola só ataca gados da bacia leiteira. Os sintomas da doença, tanto em humanos como nos bovinos, são febre alta, dores no corpo, ínguas e lesões vesiculares sob a forma de feridas nas mãos, braço e antebraço. "Demora cerca de 20 dias para a cicatrização completa. Após o fechamento dos machucados nem o gado e nem o homem transmitem a varíola bovina", explica a médica veterinária do Indea, Jociane Quixabeira.
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