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Avicultura gaúcha fechará o ano com aumento nas exportações
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e do Sindicato das Indústrias de Produção Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), Nestor Freiberger, diz que o setor avícola gaúcho continua como 3º maior exportador do Brasil.
De acordo com o dirigente, o mercado externo tem registrado altos e baixos. “Isso requer ações de fortalecimento do produto brasileiro em outros mercados, com a presença constante de nossos representantes, além de ampliação da participação; aumento de cotas e mais apoio governamental nas negociações bilaterais”, destaca.
Com relação ao mercado doméstico, o dirigente diz que houve em parte uma recuperação em 2013. “Isto só foi possível com a adoção de uma medida do governo estadual de Substituição Tributária na carne de frango”. Freiberger diz que a avicultura gaúcha vinha perdendo espaço dentro do próprio Estado em decorrência da guerra fiscal e agora se inicia um processo de isonomia.
Com relação aos insumos, lembrou que o Rio Grande do Sul sofreu com a falta de grãos, em especial o milho. “Deparamo-nos também com alguns entraves na efetivação de mecanismos de escoamento de grãos de outras regiões, previstos na Política Agrícola Nacional. Porém, sabemos que em médio prazo esta situação poderá se reverter, pois o Estado está investindo muito em irrigação por meio de programas de governo denominados “Mais Água Mais Renda”, e “RS Mais Grãos” lembra.
Quanto à logística, Freiberger diz ser um gargalo que merece máxima atenção. “Podemos sofrer um colapso logístico ali na frente, pois se vislumbra muito o crescimento da produção de alimentos no Brasil, mas a infraestrutura está em estado de alerta. Portos, hidrovias e ferrovias devem ser as prioridades para um governo que visa ao desenvolvimento, se não for assim, é pura falta de visão e descaso”, diz. No que se refere à sanidade, Freiberger salienta que ela é uma prioridade constante. “Nosso status sanitário é garantia de atendimento ao mercado interno e externo, nossa sobrevivência. As normas de biosegurança nas propriedades avícolas vem sendo adotadas e assimiladas por parte dos avicultores, pois há consciência da prevenção e fortalecimento do sistema de defesa sanitária”, comenta.
“O que sentimos nestas modificações previstas nas leis que tratam do tema sanidade é que entre teoria, prática, cultura e economia existem níveis diferenciados. Estes fatores interferem no atendimento imediato de mudanças impostas por leis”, acrescenta.
Freiberger enfatiza que o desafio da avicultura brasileira tem sido a redução da carga tributária e que em 2013, o setor teve alguns avanços com alterações da legislação de PIS/Cofins, desoneração da folha de pagamento. “Mas como desafio, acredito que manter um preço competitivo com o custo de produção cada vez mais elevado tem sido uma missão árdua dos empresários e produtores do setor avícola brasileiro”.
Entre os aspectos de destaque e positivos, registrados em 2013, o dirigente chama a atenção para a presença expressiva nos mais de 150 países e a qualidade e credibilidade do produto avícola brasileiro. Freiberger prevê que 2014 deverá ser um ano de assimilar algumas mudanças e de manter o foco nos principais temas que envolvem o setor. “A produção, exportação e o abastecimento interno de grãos deverão ser pontos de alta relevância e atenção. O atendimento às normas trabalhistas como a NR36, que traz uma série de mudanças na plataforma industrial do setor. A regulamentação do sistema de integrações, que trata da definição de um marco regulatório na relação entre agroindústria e produtor. Mais ações de incentivo ao consumo de carne de frango e ovos. Intensificar ações para ampliar participação no mercado externo e monitorar a demanda de acordo com a produção”, explica.
Fonte:
Jornal do Comércio
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/1993/visualizar/
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