Brasil é 74º no ranking de igualdade entre os sexos
O Brasil ficou em 74º lugar no ranking de igualdade entre os sexos elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta quinta-feira (8). O país caiu sete posições em relação ao ano passado, mas o relatório ressalvou que a queda é devida à entrada de novos países na contagem.
Mais uma vez, os países nórdicos dominaram o ranking. A Nova Zelândia entrou no seleto grupo dos cinco países onde há menos desigualdade, e os Estados Unidos ficaram apenas em 31º lugar.
Brasil e América Latina
"O Brasil mostrou melhora em indicadores de participação econômica, renda estimada e igualdade salarial para trabalhos semelhantes. No entanto, o Brasil continua apresentando uma performance relativamente ruim na educação e na representação política", afirmou o documento, que destacou a boa situação da igualdade na saúde -- primeiro lugar na América Latina e no Caribe, empatado com outros 16 países.
O país mais bem colocado da América Latina foi Cuba, em 22º lugar, seguido pela Colômbia (24º), pela Costa Rica (28º) e pela Argentina (33º). Cuba participou do ranking pela primeira vez, junto com outros 12 países estreantes.
Líderes
Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia mantiveram-se nos quatro primeiros postos do Índice de Igualdade entre os Sexos de 2007, divulgado na quinta-feira pela entidade suíça.
O fórum comparou quatro áreas: diferenças entre os salários, acesso à educação, representação política e saúde, incluindo a expectativa de vida.
Os países nórdicos conseguiram boas notas nas quatro áreas, embora "nenhum país tenha ainda atingido a igualdade entre os sexos", segundo o documento. Os quatro países melhoraram suas notas para a participação das mulheres na economia, principalmente pela diminuição na diferença entre homens e mulheres no que diz respeito à participação no mercado de trabalho e aos salários.
A Nova Zelândia subiu duas posições e chegou a quinto, e as Filipinas ficaram em sexto pelo segundo ano seguido, graças à maior igualdade na participação na economia. A Alemanha caiu de quinto para sétimo.
A lista é composta por 128 países, e os piores colocados foram Iêmen, Chade, Paquistão, Nepal e Arábia Saudita.
Os Estados Unidos caíram oito posições em relação a 2006, por causa da piora nas oportunidades econômicas e de emprego para mulheres, apesar de a representação política ter melhorado um pouco, afirmou o fórum.
A França subiu 19 lugares, chegando ao 51º posto, pelo aumento da participação feminina da força de trabalho. Já a Suíça perdeu 14 posições, caindo para o 40º lugar.
Praticamente todos os dados usados para compilar a lista foram baseados em agências da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Este relatório quantifica o desafio", disse o responsável do Programa de Mulheres do Fundo, Saadia Zahid, no documento. Ele afirma que a Suécia, o país mais bem classificado, conseguiu que a igualdade de gênero seja convergente em um índice superior a 80%, enquanto no Iêmen este valor é de apenas 45%.
O fundador e presidente do FEM, Klaus Schwab, disse que este estudo reflete a magnitude das diferenças de gênero no mundo todo.
"Enquanto os líderes políticos e empresariais buscam a forma de limitar a escassez de talento, é cada vez mais urgente minimizar a brecha entre gêneros e aproveitar os talentos de homens e mulheres", acrescentou Schwab.
O fundador e presidente do FEM, Klaus Schwab, disse que este estudo reflete a magnitude das diferenças de gênero no mundo todo.
"Enquanto os líderes políticos e empresariais buscam a forma de limitar a escassez de talento, é cada vez mais urgente minimizar a brecha entre gêneros e aproveitar os talentos de homens e mulheres", acrescentou Schwab.
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