Congresso arquiva pedido de instalação da CPI do Corinthians
Para que a investigação fosse criada eram necessárias 171 assinaturas de deputados e de 27 senadores. No entanto, uma série de assinaturas foi retirada na última hora. “Há uma pressão indevida. Uma pressão de fora que amesquinha o Congresso de antemão. Por que um parlamentar há de sucumbir diante de uma pressão de um cartola do futebol?”, protestou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um dos autores do requerimento.
Os autores do pedido de CPI acusam diretamente a CBF pelo arquivamento do pedido.
Um grupo de assinaturas de apoio a CPI chegou a ser recolhido, minutos antes do início da sessão do Congresso. Mas, depois de um longo processo de conferência pela Mesa Diretora do Congresso, ficou decidido que não havia número regimental.
O deputado José Rocha (PR-BA) comemorou o arquivamento da CPI. De acordo com ele, não há porque o Congresso repetir uma investigação que já está sendo feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. “Pelo contrário, o futebol não precisa de CPI, precisa de dirigentes sérios no futebol”, disse.
A leitura do requerimento seria o ato formal de criação da CPI. Agora, o assunto só poderá ser retomado, caso houver a apresentação de um novo requerimento. Álvaro Dias espera reunir assinaturas para que seja instalada uma CPI apenas no Senado.
O requerimento derrotado tinha como objetivo apurar a ocorrência de crimes contra o sistema financeiro e contra a ordem tributária. Seriam investigados delitos como sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O foco inicial é o contrato entre a MSI e o Corinthians, envolvendo ainda "dirigentes, jogadores e empresários do setor", no período entre 2000 e 2007.
No dia 30 de outubro, logo depois de o Brasil ser anunciado como sede da Copa de 2014, o requerimento para criar a CPI foi protocolado no Senado com as assinaturas de 209 deputados e 38 senadores.
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