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Economia
Quarta - 07 de Novembro de 2007 às 17:40
Por: Anne Warth

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O crescimento do mercado brasileiro de veículos já pode ser considerado consistente e deve perdurar a médio e longo prazo. A avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, que afirmou que, salvo surpresas internacionais, a indústria automobilística brasileira deve voltar a receber investimentos em novos produtos e também na ampliação da capacidade instalada, hoje em 3,5 milhões de unidades.

"Acredito que entramos em um ciclo positivo e consistente de crescimento nas vendas de automóveis e acho que a decisão de investimentos, embora seja uma questão estratégica para cada empresa, deve ocorrer", disse. "Para atender a um crescimento de mercado daqui dois ou três anos, a decisão de investimentos deve ser feita agora", acrescentou.

Nem mesmo a possibilidade de uma crise no setor de energia tira o otimismo de Schneider. "A energia não pode faltar, e a nossa confiança, expectativa e certeza é que vão ser encontradas soluções nesse sentido, para que as indústrias, não só do setor automotivo, mas todas aquelas que tenham a decisão ou a necessidade de realizar investimentos no Brasil possam fazê-los", afirmou.

O emprego apresentou os melhores números da série histórica desde dezembro de 2003. Quase 1,5 mil trabalhadores foram formalmente contratados pelas montadoras em outubro, totalizando 118,6 mil metalúrgicos em todo o País.

Exportações

A Anfavea admitiu hoje que as exportações brasileiras de veículos terão neste ano uma queda menor em termos de volume do que a entidade previa até então. A projeção era de uma redução de 11%, totalizando 750 mil unidades, contra 843 mil em 2006. Apesar de registrarem crescimento de 6,8% em valores, as vendas externas de automóveis apresentaram queda de 6,4% em volume entre janeiro a outubro na comparação com o mesmo período de 2006 - 671,6 mil veículos foram exportados neste ano, contra 717,2 mil veículos nos primeiros dez meses do ano passado.

Schneider explicou que apesar de as montadoras terem elevado o preço dos automóveis, os principais mercados consumidores dos produtos brasileiros na América Latina - Argentina, Venezuela e México - vivem um bom momento econômico e aceitaram os repasses. "Entretanto, a participação relativa dos veículos brasileiros nesses países está caindo, pois o crescimento das vendas de automóveis nesses mercados tem sido maior que as nossas vendas", disse.





Fonte: AE

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