Invasores têm 20 dias para desocupar assentamento em Nobres
Em uma decisão liminar, a Justiça Federal determinou que os empresários proprietários da rede de Drogarias Aeroporto, Roberto e Roque Vilela Madruga, e outras três pessoas ligadas a eles, têm vinte dias para desocupar os lotes que foram invadidos no assentamento Coquieral Quebó, em Nobres (MT).
A decisão liminar da Justiça é resultado de uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF). Desde 2006, o MPF apura os relatos de invasão de terra no assentamento Coqueiral Quebó, localizado na Vila Bom Jardim, em Nobres. À mando dos empresários Roberto Vilela Madruga e Roque Vilela Madruga - que supostamente teriam comprado terras - lotes no assentamento foram invadidos e cercados, impedindo o acesso dos outros moradores às fontes de água que abastecem a localidade.
Com a decisão judicial, os empresários Roberto e Roque Vilela Madruga, os caseiros Walter Benedito Rondon e Evanildo Benedito Rondon e um fazendeiro conhecido como Paulão, terão que desocupar as terras invadidas, abandonando eventuais benfeitorias, sob pena de multa diária de dois mil reais.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que também foi réu na ação movida pelo MPF, terá que iniciar em 60 dias uma vistoria completa na área do assentamento em Nobres e apresentar à Justiça um relatório, descrevendo as diligências feitas, as irregularidades detectadas e as providências tomadas com a finalidade de promover a ocupação regular do assentamento.
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