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Nacional
Terça - 06 de Novembro de 2007 às 18:20

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Em sua primeira aparição pública, o diretor comercial da empresa Reali Táxi Aéreo, Ricardo Gobbetti, disse nesta terça-feira (6) que estava previsto apenas para o ano que vem o treinamento do piloto Paulo Roberto Montezuma em um simulador de situações de risco feito nos Estados Unidos. O comandante pilotava o Learjet 35 que caiu no domingo (4) sobre duas casas, matando oito pessoas em São Paulo.

"Ele não passou pelo simulador. Isso estava previsto no ano que vem", afirmou Gobbetti, durante coletiva em um hotel da Zona Sul de São Paulo. "Não foi exigido isso na época em que foi habilitado (como piloto)", completou. Apesar disso, o diretor comercial garantiu que Montezuma era um comandante "muito experiente", com 10 mil horas de vôo na carreira, metade delas pilotando modelos Learjet.

Segundo Gobbetti, a exigência para treinamento de emergência em simuladores nos Estados Unidos passou a existir no início do ano (o Brasil não teria o equipamento), na mesma época em que Montezuma foi contratado pela Reali (em janeiro). Ele informou também que os pilotos devem passar pelo simulador a cada dois anos.

O executivo afirmou que "o treinamento é necessário. Dá apoio nessas horas (situações de emergência no ar", mas não quis relacionar o acidente ao fato de o piloto não ter feito o treinamento no exterior.

Gobetti reafirmou que o Learjet tinha 10 mil horas de vôo e que estava em boas condições. Segundo ele, a última manutenção ocorreu entre 14 e 25 de outubro em Uberlândia (MG).

Ele não quis revelar o valor da apólice de seguros da Unibanco AIG, a seguradora da Reali, mas afirmou que ele "cobre todos os custos" do acidente com certeza", inclusive nos casos de indenização. Além de acomodar 18 pessoas que tiveram de abandonar suas casas em um hotel da cidade, Gobbetti disse que a Reali colocou à disposição das vítimas seis psicólogos, atendimento médico e uma ambulância.

Restrições

Informando também ser comandante de avião, Gobbetti não quis apontar causas para a queda do Learjet na Rua Bernadino de Sena, no bairro Casa Verde. O avião havia acabado de decolar da base aérea do Campo de Marte, distante 2 km do local da tragédia. Antes, todas as operações da empresa eram feitas no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, onde fica a sede da Reali Táxi Aéreo.

"Estamos com restrições de operar em Congonhas. Para a parte logística, é ruim (operar no Campo de Marte", disse Gobbetti, que também usa o Aeroporto de Jundiaí e, eventualmente, Congonhas. As restrições são parte do esforço do governo federal em tornar o terminal da Zona Sul mais seguro, depois do acidente com o Airbus da TAM, em julho, que matou 199 pessoas.





Fonte: G1

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