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Cidades/Geral
Terça - 06 de Novembro de 2007 às 17:40
Por: Catarine Piccioni

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O governador Blairo Maggi (PR) atribuiu nesta terça-feira a paralisação de obras iniciadas em 2003 – primeiro ano do seu mandato – à falta de recursos para tocá-las. “Nós temos algumas obras que eu sei que estão paradas e é por pura falta de recursos. Tivemos um problema de falta de caixa a partir de meados de 2005. Isso é notório, não escondemos de ninguém. Todo mundo sabe o sacrifício que o governo teve de fazer para passar esse período e, obviamente, uma das coisas que se faz é diminuir o ritmo das obras”, avaliou Maggi.

Levantamento do governo estadual encaminhado à Assembléia Legislativa identificou 39 obras paralisadas em Mato Grosso que já consumiram ao menos R$ 44.954.580,11 até julho deste ano, conforme reportagem do Olhar Direto publicada no dia 20 de outubro.

A maior parte das obras inacabadas concentra-se na Secretaria de Saúde (SES), com a construção de hospitais e unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). Maggi disse desconhecer os relatórios elaborados por quatro secretarias e evitou comentar o resultado do levantamento. “Eu teria que analisar as obras separadamente”.

O governador prometeu dar continuidade às obras em 2008. “Todas elas deverão ser retomadas no próximo ano, teremos uma posição de caixa diferente e as contas equilibradas. São coisas momentâneas que, às vezes, o governo precisa passar”, disse, observando que, em 2003, foram concluídas obras iniciadas por gestões anteriores.

“Vamos retomar o que for possível. Tem coisas que as pessoas pensam que o governo vai terminar e ele sabe que não vai”, ponderou Maggi, descartando a conclusão do hospital “Central”. Trata-se de R$ 2,4 milhões, valor mais alto entre as obras paralisadas de responsabilidade direta do Estado. A SES informou ter transferido R$ 1,8 milhão.

Já entre as obras para as quais o Estado repassou parte do dinheiro, o hospital em Várzea Grande apresenta custo mais elevado, R$ 8,9 milhões, conforme o levantamento. “O governo já pediu licença ao Ministério da Saúde para transformar aquilo em outra ocupação. Sua função não é mais possível dentro do modelo que estava ali, ultrapassado”, concluiu Maggi, negando que tenham sido detectadas irregularidades.





Fonte: Olhar Direto

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