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Economia
Terça - 06 de Novembro de 2007 às 10:53

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Ao contrário do que previam analistas de mercado, o preço da carne em Mato Grosso deve permanecer elevado este mês. O motivo é o aumento no valor pago pelo produto ao pecuarista, que subiu 26,4% este ano. Em dezembro de 2006 (data que serve de base de cálculo da variação dos preços) a arroba do boi custava R$ 48,14 e no primeiro dia deste mês já saltou para R$ 60. Os números fazem parte de levantamento mensal divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

A perspectiva era de que este mês os preços voltassem a baixar em função da chegada da chuva, que amplia a oferta de pasto ao rebanho, porém, como a estiagem foi prolongada, o gado ainda não tem peso suficiente para ser abatido. Outro agravante é que a oferta de gado de confinamento, característico do período da entressafra, já está no final, fazendo com que os produtores não usufruam da elevação dos valores do produto, o que compensaria o prejuízo obtido ao longo do ano.

Para o analista de mercado do Centro Boi, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Luís Heraldo Padilha, a elevação nos preços não significa ganho para os produtores, já que não há gado para vender para os frigoríficos. Ele avalia ainda que se o preço pago ao produtor atualmente for comparado a valor do mesmo período do ano passado, quando a arroba foi comercializada a R$ 55,79, o aumento é de apenas 7,5%, enquanto que os custos de produção aumentaram em percentual bem maior ao da rentabilidade.

O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Luiz Antônio Freitas, confirma que houve redução na oferta do produto no mercado local desde agosto, o que levou ao aumento nos preços, mas anuncia que com a chegada da chuva os preços tendem a se normalizar.

Freitas não arrisca dizer em quanto tempo os frigoríficos e consequentemente os consumidores começarão a perceber os preços menores, mas adianta que os animais que estão no pasto terão maior oferta de alimento com o período de chuva, e poderão ser abatidos, aumentando o número de animais ofertados. "Com a baixa de animais disponíveis às 32 indústrias do Estado, houve redução de até 35% nas atividades das plantas, que têm capacidade para abater 22,727 mil cabeças/dia".





Fonte: Gazeta Digital

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