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Saúde
Terça - 06 de Novembro de 2007 às 07:30

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Os pesquisadores entrevistaram mais de 4 mil estudantes americanos e descobriram que os que misturavam os energéticos com álcool tinham mais chances de sofrer ferimentos, necessitar ajuda médica ou enfrentar problemas sexuais.

"Ficamos surpresos com o fato de o risco de conseqüências sérias ou potencialmente fatais serem tão maiores para os que misturam energéticos e álcool", disse Mary Claire O'Brien, que liderou a pesquisa.

Segundo o relatório, apresentado na reunião anual da Associação Americana de Saúde Pública em Washington, estes problemas ocorrem porque os energéticos escondem os sintomas de embriaguez.

Bebidas energéticas geralmente contêm altos níveis de cafeína ou outros estimulantes como ginseng. São populares em coquetéis com bebidas alcoólicas, principalmente vodca.

Sintomas reduzidos

Segundo a pesquisadora Mary Claire O'Brien o problema é que, quando a mistura é feita, os estudantes não percebiam que estavam bêbados.

"Estudantes cuja habilidade motora, tempos de reação e julgamento estão prejudicados podem não perceber que estão intoxicados tão imediatamente quando ingerem junto um estimulante."

"Apenas os sintomas de embriaguez são reduzidos, mas não a embriaguez. Eles não conseguem afirmar se estão bêbados ou se alguém está bêbado. Então eles se machucam ou machucam outra pessoa", acrescentou.

A pesquisa foi feita on-line com 4.275 estudantes de dez universidades e descobriu que 25% dos que tinham consumido álcool nos últimos 30 dias tinham misturado com energéticos.

Comparados com estudantes que não misturam energéticos com álcool, estes tinham o dobro de chances de se ferir, de necessitar ajuda médica e duas vezes mais chances de sair com um motorista bêbado.

Estes também tinham o dobro de chances de se aproveitarem sexualmente de alguém ou de ter alguém se aproveitando deles.

Os que misturam energéticos e álcool também bebem 36% a mais do que outros estudantes em uma noite e também relatam duas vezes mais episódios de embriaguez por semana.

Para o professor Martin Plant, especialista em bebidas alcoólicas na Universidade do Oeste da Inglaterra, as "pessoas deveriam saber do risco e não combinar os dois".

"Energéticos são estimulantes e qualquer estimulante está associado com comportamentos de risco", disse.





Fonte: BBC Brasil

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