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Bovespa cai 1,7%, puxada por blue chips
SÃO PAULO - A Bovespa caiu 1,7 por cento nesta segunda-feira, à medida que notícias sobre o impacto negativo da crise imobiliária nos Estados Unidos no Citigroup derrubou Wall Street e propiciou o embolso de lucros de ações brasileiras, que subiram muito nos últimos meses.
"A queda vem do mercado externo, com a história do Citi e as commodities mais fracas hoje", afirmou o operador de uma corretora, que preferiu não ser identificado.
As duas ações mais importantes da bolsa paulista, Petrobras e Companhia Vale do Rio Doce, tiveram giro forte e juntas foram responsáveis por cerca de 30 por cento do volume financeiro do dia, que somou 6,1 bilhões de reais.
As ações da estatal perderam 4,69 por cento, para 68,10 reais, enquanto as da mineradora recuaram 3,67 por cento, para 51,70 reais.
Com isso, o principal indicador da bolsa paulista encerrou em queda, aos 62.959 pontos. Na última quarta-feira, o indicador fechou em recorde histórico, a 65.317 pontos, contabilizando ganho de 8 por cento em outubro e de quase 47 por cento no ano.
No caso de Petrobras, pesou ainda o fato de o UBS Pactual ter reduzido a recomendação para as ações da Petrobras de "compra" para "neutra", dizendo que acha difícil os preços do petróleo subirem muito mais do que já subiram.
Em Wall Street, o Dow Jones, que a partir desta segunda-feira fecha às 19h (horário de Brasília), por conta do fim do horário de verão nos Estados Unidos, encerrou em baixa de 0,38 por cento, depois de chegar a cair 1 por cento no fim do pregão brasileiro, pressionado pelo alerta do Citigroup de que pode ter que registrar baixa contábil de 11 bilhões de dólares em crédito de alto risco. O S&P 500 caiu 0,50 por cento.
"O setor financeiro corresponde a 20 por cento do (índice) S&P 500 e se o setor não vai bem... todas as apostas são retiradas", disse Brian Gendreau, estrategista do ING Investment Management, em Nova York.
"As pessoas não sabem o que tem nos balanços... esse setor tem grande peso e vai continuar pressionado por algum tempo", complementou.
Na Bovespa, na contramão do mercado as ações da Cesp foram destaque, com a maior alta do índice, 6 por cento, para 34,10 reais, depois que a empresa informou que o governo pediu a um consórcio liderado pelo Citibank para iniciar serviço de consultoria para avaliação, modelagem e execução de venda de participação acionária detida pelo Estado no capital da companhia.
A notícia esquentou as especulações que rondam no mercado há anos sobre eventual privatização da Cesp.
"Em nossa opinião, é um marco importante em direção a uma potencial privatização", escreveram os analistas do UBS Pactual em relatório, que acreditam que a venda da participação do Estado pode levantar no mínimo 6,5 bilhões de reais.
"Essa potencial privatização deve ser bastante interessante para o Estado e a conclusão do serviço (de consultoria) pode ser (recomendação de) venda total do ativo para um player estratégico", complementaram. As ações do Bradesco, primeiro dos grandes bancos a divulgar o resultado do terceiro trimestre, fecharam em queda de 3 por cento, apesar do lucro 15 por cento maior no período. O papel seguiu o movimento do setor no Brasil, afetado pelas notícias negativas vindas de fora.
"A queda vem do mercado externo, com a história do Citi e as commodities mais fracas hoje", afirmou o operador de uma corretora, que preferiu não ser identificado.
As duas ações mais importantes da bolsa paulista, Petrobras e Companhia Vale do Rio Doce, tiveram giro forte e juntas foram responsáveis por cerca de 30 por cento do volume financeiro do dia, que somou 6,1 bilhões de reais.
As ações da estatal perderam 4,69 por cento, para 68,10 reais, enquanto as da mineradora recuaram 3,67 por cento, para 51,70 reais.
Com isso, o principal indicador da bolsa paulista encerrou em queda, aos 62.959 pontos. Na última quarta-feira, o indicador fechou em recorde histórico, a 65.317 pontos, contabilizando ganho de 8 por cento em outubro e de quase 47 por cento no ano.
No caso de Petrobras, pesou ainda o fato de o UBS Pactual ter reduzido a recomendação para as ações da Petrobras de "compra" para "neutra", dizendo que acha difícil os preços do petróleo subirem muito mais do que já subiram.
Em Wall Street, o Dow Jones, que a partir desta segunda-feira fecha às 19h (horário de Brasília), por conta do fim do horário de verão nos Estados Unidos, encerrou em baixa de 0,38 por cento, depois de chegar a cair 1 por cento no fim do pregão brasileiro, pressionado pelo alerta do Citigroup de que pode ter que registrar baixa contábil de 11 bilhões de dólares em crédito de alto risco. O S&P 500 caiu 0,50 por cento.
"O setor financeiro corresponde a 20 por cento do (índice) S&P 500 e se o setor não vai bem... todas as apostas são retiradas", disse Brian Gendreau, estrategista do ING Investment Management, em Nova York.
"As pessoas não sabem o que tem nos balanços... esse setor tem grande peso e vai continuar pressionado por algum tempo", complementou.
Na Bovespa, na contramão do mercado as ações da Cesp foram destaque, com a maior alta do índice, 6 por cento, para 34,10 reais, depois que a empresa informou que o governo pediu a um consórcio liderado pelo Citibank para iniciar serviço de consultoria para avaliação, modelagem e execução de venda de participação acionária detida pelo Estado no capital da companhia.
A notícia esquentou as especulações que rondam no mercado há anos sobre eventual privatização da Cesp.
"Em nossa opinião, é um marco importante em direção a uma potencial privatização", escreveram os analistas do UBS Pactual em relatório, que acreditam que a venda da participação do Estado pode levantar no mínimo 6,5 bilhões de reais.
"Essa potencial privatização deve ser bastante interessante para o Estado e a conclusão do serviço (de consultoria) pode ser (recomendação de) venda total do ativo para um player estratégico", complementaram. As ações do Bradesco, primeiro dos grandes bancos a divulgar o resultado do terceiro trimestre, fecharam em queda de 3 por cento, apesar do lucro 15 por cento maior no período. O papel seguiu o movimento do setor no Brasil, afetado pelas notícias negativas vindas de fora.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/199877/visualizar/
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