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Rice se opõe às exigências securitárias israelenses
JERUSALÉM, 4 Nov 2007 (AFP) - A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, opôs-se neste domingo às exigências de segurança de Israel, durante suas primeiras reuniões em Jerusalém na preparação de um encontro internacional de paz a ser realizado no fim do mês nos Estados Unidos.
Rice prometeu a Israel que os Estados Unidos vão continuar garantindo sua segurança, depois da criação de um futuro Estado palestino, motivo pelo qual seu governo deve tomar decisões "audazes".
"Todos os israelenses devem estar convencidos de que os Estados Unidos os apóiam completamente. Por isso, podem ser audazes em sua busca pela paz", disse Rice em discurso no Fórum Saban, um centro de pesquisas americano, em Jerusalém.
Desde o início, a chefe da diplomacia israelense, Tzipi Livni, vem ressaltando que a segurança de Israel é mais importante do que a criação de um Estado Palestino.
"Isso significa: segurança para Israel antes e criação de um Estado Palestino depois. Porque ninguém quer um novo Estado terrorista na região", continuou Livni, que lidera a equipe de negociadores israelenses.
"Mesmo que nós tenhamos de encontrar um terreno para alianças com os dirigentes (palestinos) pragmáticos, eles mesmos devem compreender que a realização de futuros acordos só funcionará conforme as fases do Mapa da Paz", declarou ela, fazendo referência a um único plano de paz internacional ainda válido.
O primeiro-ministro Ehud Olmert também destacou "a importância de se ater ao Mapa da Paz" no encontro com Rice.
"O Mapa da Paz deve servir de guia e de referência a todo eventual novo progresso entre Israel e Palestina", disse um alto funcionário da presidência do Conselho israelense.
Em sua primeira fase, o Mapa da Paz prevê que os palestinos "ponham fim à violência e ao terrorismo" de um lado e, de outro, que Israel "interrompa todas as atividades de implantação de colônias".
Livni fez uma clara distinção entre os líderes palestinos que considera "pragmáticos", como o presidente Mahmud Abbas e seu primeiro-ministro Salam Fayyad, e entre os islamitas do Hamas no poder em Gaza, que chamou de "terroristas".
Rice, que realiza nesta segunda-feira sua oitava missão na região desde o início do ano, declarou que, de agora em diante, as negociações entre israelenses e palestinos ficam mais difíceis.
No sábado, ela havia alertado que não esperava um acordo imediato sobre o documento comum que os dois devem submeter à aprovação dos participantes da reunião internacional de Anápolis, nos EUA. Na ocasião, devem ser lançadas negociações formais sobre a criação de um Estado palestino.
"Eles trabalham e, como sempre acontece neste tipo de situação, enfrentam negociações complicadas. Eu acho que vão continuar por um momento, mas vou ver se eu posso fazer alguma coisa para fazê-los avançar", declarou Rice, acrescentando que "Anápolis é importante, mas haverá um dia seguinte".
Ela insistiu no estabelecimento de "medidas de confiança mútua", fazendo alusão a um pedido americano para que cessem os confiscos israelenses de terras na periferia de Jerusalém, assim como os cortes de energia e a limitação do fornecimento de combustível à Faixa de Gaza, duas medidas recentemente impostas pelo ministro israelense da Defesa.
As dificuldades vêm do fato de que a reunião de Anápolis representa apenas o início do processo, explicou Livni.
"Anápolis será uma etapa, um acontecimento durante o qual eu espero que o mundo se reúna e traga seu apoio ao processo, mas a idéia de base é que é preciso encontrar um acordo sobre o fato de que a criação de um Estado palestino vem depois da colocação em prática do Mapa da Paz, e compreende as necessidades de Israel em matéria de segurança", concluiu ela.
O plano de paz elaborado em dezembro de 2002 pelo Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU) prevê a criação por etapas de um Estado palestino em 2005 ao lado de Israel. Ele foi adotado em junho de 2003, mas depois ficou um tempo na gaveta.
Rice prometeu a Israel que os Estados Unidos vão continuar garantindo sua segurança, depois da criação de um futuro Estado palestino, motivo pelo qual seu governo deve tomar decisões "audazes".
"Todos os israelenses devem estar convencidos de que os Estados Unidos os apóiam completamente. Por isso, podem ser audazes em sua busca pela paz", disse Rice em discurso no Fórum Saban, um centro de pesquisas americano, em Jerusalém.
Desde o início, a chefe da diplomacia israelense, Tzipi Livni, vem ressaltando que a segurança de Israel é mais importante do que a criação de um Estado Palestino.
"Isso significa: segurança para Israel antes e criação de um Estado Palestino depois. Porque ninguém quer um novo Estado terrorista na região", continuou Livni, que lidera a equipe de negociadores israelenses.
"Mesmo que nós tenhamos de encontrar um terreno para alianças com os dirigentes (palestinos) pragmáticos, eles mesmos devem compreender que a realização de futuros acordos só funcionará conforme as fases do Mapa da Paz", declarou ela, fazendo referência a um único plano de paz internacional ainda válido.
O primeiro-ministro Ehud Olmert também destacou "a importância de se ater ao Mapa da Paz" no encontro com Rice.
"O Mapa da Paz deve servir de guia e de referência a todo eventual novo progresso entre Israel e Palestina", disse um alto funcionário da presidência do Conselho israelense.
Em sua primeira fase, o Mapa da Paz prevê que os palestinos "ponham fim à violência e ao terrorismo" de um lado e, de outro, que Israel "interrompa todas as atividades de implantação de colônias".
Livni fez uma clara distinção entre os líderes palestinos que considera "pragmáticos", como o presidente Mahmud Abbas e seu primeiro-ministro Salam Fayyad, e entre os islamitas do Hamas no poder em Gaza, que chamou de "terroristas".
Rice, que realiza nesta segunda-feira sua oitava missão na região desde o início do ano, declarou que, de agora em diante, as negociações entre israelenses e palestinos ficam mais difíceis.
No sábado, ela havia alertado que não esperava um acordo imediato sobre o documento comum que os dois devem submeter à aprovação dos participantes da reunião internacional de Anápolis, nos EUA. Na ocasião, devem ser lançadas negociações formais sobre a criação de um Estado palestino.
"Eles trabalham e, como sempre acontece neste tipo de situação, enfrentam negociações complicadas. Eu acho que vão continuar por um momento, mas vou ver se eu posso fazer alguma coisa para fazê-los avançar", declarou Rice, acrescentando que "Anápolis é importante, mas haverá um dia seguinte".
Ela insistiu no estabelecimento de "medidas de confiança mútua", fazendo alusão a um pedido americano para que cessem os confiscos israelenses de terras na periferia de Jerusalém, assim como os cortes de energia e a limitação do fornecimento de combustível à Faixa de Gaza, duas medidas recentemente impostas pelo ministro israelense da Defesa.
As dificuldades vêm do fato de que a reunião de Anápolis representa apenas o início do processo, explicou Livni.
"Anápolis será uma etapa, um acontecimento durante o qual eu espero que o mundo se reúna e traga seu apoio ao processo, mas a idéia de base é que é preciso encontrar um acordo sobre o fato de que a criação de um Estado palestino vem depois da colocação em prática do Mapa da Paz, e compreende as necessidades de Israel em matéria de segurança", concluiu ela.
O plano de paz elaborado em dezembro de 2002 pelo Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU) prevê a criação por etapas de um Estado palestino em 2005 ao lado de Israel. Ele foi adotado em junho de 2003, mas depois ficou um tempo na gaveta.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/200035/visualizar/
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