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Estado de exceção pode mudar data de eleições no Paquistão
- As eleições parlamentares do Paquistão, que estavam programadas para acontecer em janeiro, podem ser transferidas, depois que o presidente Pervez Musharraf decretou estado de exceção no país.
O primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, disse em uma entrevista coletiva para a imprensa neste domingo que o governo continua defendendo o processo democrático.
No entanto, ele disse que as datas para as eleições parlamentares podem ser mudadas e não deu uma previsão.
Desde a decretação do estado de emergência no Paquistão, no sábado, líderes de oposição foram presos.
Aziz disse que entre 400 e 500 "prisões preventivas" foram feitas até agora e que o estado de exceção durará "o quanto for necessário".
Musharraf impôs o estado de exceção alegando que extremistas estão à solta impunemente no Paquistão e que, se nenhuma ação firme for tomada, o país estaria em perigo.
O dia começou calmo na capital Islamabad, com poucas pessoas nas ruas. Mas à tarde, alguns manifestantes fizeram protestos na capital.
Segundo o correspondente da BBC em Islamabad Syed Shoaib Hasan, alguns manifestantes foram presos.
Além das prisões, o governo fez restrições severas aos meios de comunicação. Todas os canais de televisão e algumas estações de rádio foram tiradas do ar - incluindo o canal de TV da BBC.
Jornais independentes puderam circular livremente.
A ex-premiê Benazir Bhutto acusou Musharraf de impor uma lei marcial sem declará-la explicitamente.
Nos últimos meses, o Paquistão, um importante aliado dos Estados Unidos na Ásia, tem sido palco de instabilidade política, com a diminuição crescente da popularidade de Musharraf - que chegou ao poder em um golpe de estado em 1999.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse que as medidas adotadas por Musharraf foram "lamentáveis" ressaltando que Washington não apóia procedimentos "extraconstitucionais".
O ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband, disse que é fundamental que o Paquistão mantenha o calendário de eleições parlamentares.
A Constituição foi suspensa, a Suprema Corte do país foi cercada por tropas e o presidente do tribunal, Iftikhar Chaudhry, foi substituído.
A decisão de Musharraf foi anunciada quando a Suprema Corte estava prestes a dar seu veredicto sobre a legalidade da candidatura do general à Presidência, depois de ele ser reeleito no pleito realizado em outubro.
O tribunal iria decidir se Musharraf poderia ter sido candidato ocupando, ao mesmo tempo, o cargo de comandante do Exército.
Segundo a correspondente da BBC no Paquistão Barbara Plett, havia a expectativa de que a Suprema Corte pudesse anunciar uma decisão desfavorável a Musharraf.
Advogados paquistaneses prometeram convocar uma greve para segunda-feira contra Musharraf.
No seu pronunciamento na televisão, o presidente disse que quer restaurar a democracia o mais rápido possível.
Na televisão, Musharraf defendeu a decisão alegando que militantes islâmicos estão agindo como se tivessem um governo próprio no país, e o governo oficial foi quase paralisado pela interferência do judiciário.
"A falta de ação neste momento seria o mesmo que o Paquistão cometer suicídio. Eu não posso permitir que este país cometa suicídio."
O primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, disse em uma entrevista coletiva para a imprensa neste domingo que o governo continua defendendo o processo democrático.
No entanto, ele disse que as datas para as eleições parlamentares podem ser mudadas e não deu uma previsão.
Desde a decretação do estado de emergência no Paquistão, no sábado, líderes de oposição foram presos.
Aziz disse que entre 400 e 500 "prisões preventivas" foram feitas até agora e que o estado de exceção durará "o quanto for necessário".
Musharraf impôs o estado de exceção alegando que extremistas estão à solta impunemente no Paquistão e que, se nenhuma ação firme for tomada, o país estaria em perigo.
O dia começou calmo na capital Islamabad, com poucas pessoas nas ruas. Mas à tarde, alguns manifestantes fizeram protestos na capital.
Segundo o correspondente da BBC em Islamabad Syed Shoaib Hasan, alguns manifestantes foram presos.
Além das prisões, o governo fez restrições severas aos meios de comunicação. Todas os canais de televisão e algumas estações de rádio foram tiradas do ar - incluindo o canal de TV da BBC.
Jornais independentes puderam circular livremente.
A ex-premiê Benazir Bhutto acusou Musharraf de impor uma lei marcial sem declará-la explicitamente.
Nos últimos meses, o Paquistão, um importante aliado dos Estados Unidos na Ásia, tem sido palco de instabilidade política, com a diminuição crescente da popularidade de Musharraf - que chegou ao poder em um golpe de estado em 1999.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse que as medidas adotadas por Musharraf foram "lamentáveis" ressaltando que Washington não apóia procedimentos "extraconstitucionais".
O ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband, disse que é fundamental que o Paquistão mantenha o calendário de eleições parlamentares.
A Constituição foi suspensa, a Suprema Corte do país foi cercada por tropas e o presidente do tribunal, Iftikhar Chaudhry, foi substituído.
A decisão de Musharraf foi anunciada quando a Suprema Corte estava prestes a dar seu veredicto sobre a legalidade da candidatura do general à Presidência, depois de ele ser reeleito no pleito realizado em outubro.
O tribunal iria decidir se Musharraf poderia ter sido candidato ocupando, ao mesmo tempo, o cargo de comandante do Exército.
Segundo a correspondente da BBC no Paquistão Barbara Plett, havia a expectativa de que a Suprema Corte pudesse anunciar uma decisão desfavorável a Musharraf.
Advogados paquistaneses prometeram convocar uma greve para segunda-feira contra Musharraf.
No seu pronunciamento na televisão, o presidente disse que quer restaurar a democracia o mais rápido possível.
Na televisão, Musharraf defendeu a decisão alegando que militantes islâmicos estão agindo como se tivessem um governo próprio no país, e o governo oficial foi quase paralisado pela interferência do judiciário.
"A falta de ação neste momento seria o mesmo que o Paquistão cometer suicídio. Eu não posso permitir que este país cometa suicídio."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/200051/visualizar/
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