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Musharraf tenta abafar protestos por estado de emergência
ISLAMABAD - A polícia paquistanesa prendeu centenas de opositores do regime e advogados neste domingo, quando o presidente militar Pervez Musharraf tentava reprimir os protestos pela imposição de um estado de emergência no país.
Os Estados Unidos e outros aliados ocidentais do Paquistão condenaram a decisão da véspera do general Musharraf.
O presidente paquistanês disse que agiu em resposta à crescente militância islâmica no país -- detentor de bombas nucleares -- e pelo que classificou como uma paralisia do governo devido à interferência judicial.
A maioria dos paquistaneses e de diplomatas estrangeiros acredita que seu principal motivo, no entanto, foi impedir que a Suprema Corte invalidasse sua reeleição no começo de outubro pelo Parlamento, quando ainda era chefe do Exército.
Em um pronunciamento à 0h, Musharraf disse que o país corria o grave risco de se desestabilizar.
"Não posso permitir que este país cometa suicídio", afirmou.
O juiz da Suprema Corte Iftikhar Chaudhry, que havia ficado famoso depois que Musharraf suspendeu-o oito meses atrás e acabou voltando ao cargo em julho, foi demitido após se recusar a fazer um novo juramento seguindo-se à suspensão da Constituição.
Um movimento de advogados convocou uma greve no país inteiro para segunda-feira a fim de protestar contra a medida de Musharraf.
O líder de uma aliança religiosa de oposição, Qazi Hussein Ahmed, também pediu protestos nas ruas para derrubar o "ditador militar", durante um discurso para 20 mil simpatizantes na periferia de Lahore.
Nas ruas das principais cidades do país, a capital Islamabad, Karachi, Lahore e Peshawar, não havia soldados ou grande número de policiais, embora prisões tenham sido realizadas em todas elas.
Barricadas bloqueiam a principal avenida que leva ao prédio presidencial em Islambad, onde a polícia deteve 40 ativistas da oposição, incluindo um ex-chefe da agência de inteligência do Exército, Hameed Gul, famoso simpatizante de causas islâmicas.
Um importante líder do partido do ex-premiê Nawaz Sharif, no exílio, não se conteve antes de a polícia prendê-lo em Multan, na Província de Punjab.
"O povo vencerá. Os generais perderão. Eles têm que se render", disse no domingo Javed Hashmi.
Musharraf, que ascendeu ao poder em um golpe oito anos atrás, não disse por quanto tempo o estado de emergência vai vigorar, mas afirmou que ainda pretende levar o Paquistão para um governo democrático liderado por civis. Ele não especificou quando as eleições, marcadas para janeiro, acontecerão.
"Devido ao estado de emergência, poderá haver um pequeno ajuste no calendário eleitoral e nas datas", disse à Reuters o ministro para Informação Tariq Azim Khan.
"Esperamos que o processo democrático se mantenha no caminho."
Os Estados Unidos e outros aliados ocidentais do Paquistão condenaram a decisão da véspera do general Musharraf.
O presidente paquistanês disse que agiu em resposta à crescente militância islâmica no país -- detentor de bombas nucleares -- e pelo que classificou como uma paralisia do governo devido à interferência judicial.
A maioria dos paquistaneses e de diplomatas estrangeiros acredita que seu principal motivo, no entanto, foi impedir que a Suprema Corte invalidasse sua reeleição no começo de outubro pelo Parlamento, quando ainda era chefe do Exército.
Em um pronunciamento à 0h, Musharraf disse que o país corria o grave risco de se desestabilizar.
"Não posso permitir que este país cometa suicídio", afirmou.
O juiz da Suprema Corte Iftikhar Chaudhry, que havia ficado famoso depois que Musharraf suspendeu-o oito meses atrás e acabou voltando ao cargo em julho, foi demitido após se recusar a fazer um novo juramento seguindo-se à suspensão da Constituição.
Um movimento de advogados convocou uma greve no país inteiro para segunda-feira a fim de protestar contra a medida de Musharraf.
O líder de uma aliança religiosa de oposição, Qazi Hussein Ahmed, também pediu protestos nas ruas para derrubar o "ditador militar", durante um discurso para 20 mil simpatizantes na periferia de Lahore.
Nas ruas das principais cidades do país, a capital Islamabad, Karachi, Lahore e Peshawar, não havia soldados ou grande número de policiais, embora prisões tenham sido realizadas em todas elas.
Barricadas bloqueiam a principal avenida que leva ao prédio presidencial em Islambad, onde a polícia deteve 40 ativistas da oposição, incluindo um ex-chefe da agência de inteligência do Exército, Hameed Gul, famoso simpatizante de causas islâmicas.
Um importante líder do partido do ex-premiê Nawaz Sharif, no exílio, não se conteve antes de a polícia prendê-lo em Multan, na Província de Punjab.
"O povo vencerá. Os generais perderão. Eles têm que se render", disse no domingo Javed Hashmi.
Musharraf, que ascendeu ao poder em um golpe oito anos atrás, não disse por quanto tempo o estado de emergência vai vigorar, mas afirmou que ainda pretende levar o Paquistão para um governo democrático liderado por civis. Ele não especificou quando as eleições, marcadas para janeiro, acontecerão.
"Devido ao estado de emergência, poderá haver um pequeno ajuste no calendário eleitoral e nas datas", disse à Reuters o ministro para Informação Tariq Azim Khan.
"Esperamos que o processo democrático se mantenha no caminho."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/200076/visualizar/
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