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Internacional
Sábado - 03 de Novembro de 2007 às 22:47

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Guatemala, 3 nov (EFE).- A população da Guatemala se prepara para escolher neste domingo seu próximo presidente, no que parecem ser as eleições mais apertadas da história do país, em meio a índices alarmantes de violência, corrupção e pobreza.

No dia que antecede o segundo turno deste pleito, no qual se enfrentam o social-democrata Álvaro Colom e o ex-general Otto Pérez Molina, foi marcado por denúncias e acusações mútuas.

Colom, candidato da União Nacional da Esperança (UNE), denunciou um roubo em massa de cédulas de votação por grupos armados em diversas zonas eleitorais.

O candidato social-democrata não especificou a quantidade de cédulas supostamente roubadas.

Pérez Molina, candidato do Partido Patriota (PP), contestou imediatamente essas denúncias com a acusação de que Colom pretende "criar confusão e dúvidas" nos eleitores.

Todos os observadores internacionais consultados pela Agência Efe concordaram em expressar seu temor de que os fiscais de cada candidato nos centros de votação se dediquem a realizar uma impugnação em massa de votos e realizar todo tipo de denúncias sobre supostas irregularidades.

As últimas pesquisas dão resultados muito parecidos aos dois candidatos, com uma pequena vantagem para Pérez Molina que não supera a margem de erro.

No primeiro turno, realizado em 9 de setembro, Colom e Pérez Molina ficaram respectivamente com 25,62% e 21,35% dos votos.

A violência, a pobreza e a corrupção influenciam cada vez mais a vida da Guatemala e são as principais preocupações de seus 13 milhões de habitantes, constituindo os principais desafios para o próximo cidadão guatemalteco que ocupará a presidência do país entre 14 de janeiro de 2008 até a mesma data de 2012.

Desde a abertura deste processo eleitoral, em maio, mais de 50 candidatos a diferentes cargos, ativistas políticos ou parentes destes foram assassinados.

Há um alto índice comprovado de cumplicidade de membros das forças de segurança do Estado e de outros funcionários públicos em relação a crimes eleitorais.

Apesar de ser a economia mais forte da América Central, com um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 18,2 bilhões, 51% da população da Guatemala vive em condições de pobreza e outros 15% em situação de extrema pobreza.

Quase seis milhões de guatemaltecos estão convocados este domingo às urnas, sob um aparato de segurança que mobiliza mais de 18 mil policiais e cerca de 4 mil militares.

Os centros de votação abrirão suas portas às 7h e serão fechados às 18h, horários locais de domingo (11h e 22h, respectivamente, horários de Brasília).

O Tribunal Superior Eleitoral do país deve oferecer resultados definitivos no fim da noite de domingo ou nas primeiras horas da madrugada de segunda-feira.




Fonte: EFE

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