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Nacional
Sábado - 03 de Novembro de 2007 às 21:29

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O ex-deputado federal Ronaldo Cunha Lima, que renunciou ao mandado na Câmara na quarta-feira e estava internado desde a quinta (1º), em João Pessoa (PB), recebeu alta médica neste sábado (3).

Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Unimed João Pessoa, o ex-governador da Paraíba apresentou boa reposta ao tratamento clínico e recebeu alta por volta do meio-dia. O ex-deputado deixou o hospital e descansa na casa da família na praia de Tambaú.

Cunha Lima deu entrada no hospital às 12h59 da quinta "com tremores, mal-estar e febre." Segundo a assessoria de imprensa do governador do estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), filho de Ronaldo, o ex-deputado teria sofrido uma arritmia cardíaca e acabou sendo internado somente para ficar em observação.

No boletim médico divulgado neste sábado, o hospital informa foi internado com suspeita de bacteriemia (presença de bactérias na corrente sangüínea), e que fez tratamento com antibióticos. Leia, abaixo, a íntegra.

"BOLETIM MÉDICO 03

O paciente Ronaldo da Cunha Lima esteve internado neste Hospital, com quadro clínico laboratorial compatível com bacteriemia. Apresentou boa resposta terapêutica ao antibiótico instituído, recebendo alta, com orientação de continuar com o esquema de tratamento estabelecido.

Dr. FRANCISCO ORNIUDO FERNANDES Médico Infectologista"

Renúncia

Cunha Lima renunciou ao cargo no início da tarde de quarta sob a alegação de que queria ser julgado pelo crime de tentativa de homicídio sem o foro privilegiado, "apenas como cidadão".

O Supremo Tribunal Federal (STF) havia marcado para a próxima segunda-feira (5) o julgamento de um processo contra Cunha Lima, acusado de tentativa de homicídio.

Crime

Em 1993, quando exercia o mandato de governador, Cunha Lima discutiu e atirou três vezes contra o ex-governador do estado Tarcísio de Miranda Buriti. A discussão teria sido provocada por críticas do ex-governador ao filho de Ronaldo, o atual governador do estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), então superintendente da Sudene.

Buriti sobreviveu aos tiros, embora tenha ficado alguns dias em coma. Dez anos depois do crime, Buriti morreu de falência múltipla dos órgãos. Desde então, Ronaldo Cunha Lima responde a ação penal por tentativa de homicídio.

Manobra

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator da ação penal que corria no tribunal contra o ex-deputado, o acusou de ter manobrado para escapar de seu julgamento na mais alta corte do país.

“Esse homem manobrou e usou de todas as chicanas processuais por 14 anos para fugir do julgamento. O ato dele é um escárnio para com a Justiça brasileira em geral e para com o Supremo em particular”, disse.

Suplente

Nesta quinta-feira (1º), Walter Brito Neto (PRB-PB), de 25 anos, assumiu a cadeira deixada por Ronaldo Cunha Lima, segundo informações da "Agência Câmara". Em entrevista ao G1, Brito Neto afirmou que representará "os anseios da juventude brasileira" e destacou que pretende sugerir mudanças no Código Penal.

Walter Brito Neto iniciou a carreira política aos 18 anos, como suplente de vereador em Campina Grande (PB). Aos 22, foi eleito vereador na cidade e, aos 24, elegeu-se suplente de deputado federal.




Fonte: G1

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