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Internacional
Sábado - 03 de Novembro de 2007 às 18:22

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LAHORE - O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, declarou estado de emergência neste sábado, 2, pouco antes de suspender a Constituição do país, segundo informou a imprensa estatal. O episódio ocorre no momento em que o chefe de Estado conduz reuniões para discutir a violência em áreas tribais na região noroeste do território.

Tropas foram enviadas para as estações estatais de TV e rádio e as redes privadas tiveram susas transmissões interrompidas.

Há relatos, segundo a rede BBC, de que a Suprema Corte foi cercada por policiais. O chefe da Iftikhar Chaudhry e outros oito juízes se recusaram a endossar a ordem constitucional provisória declarada pelo presidente e, segundo redes privadas de notícias, foi dito a Chaudhry que seus "serviços não são mais requeridos."

Chaudhry e os outros juízes estavam dentro do prédio da corte na avenida da Constituição, via em que também estão localizados a Assembléia Nacional e o prédio presidencial. A avenida foi fechada por soldados.

Musharraf está aguardando uma decisão da Suprema Corte sobre a possibilidade de concorrer à reeleição no próximo mês enquanto continua dirigindo o Exército.

Nos últimos meses, diferentes disputas políticas têm marcado o Paquistão. Já o Exército do país sofreu uma série de derrotas para militantes pró-Talebã, que são contra o apoio de Musharraf à "guerra contra o terrorismo" dos Estados Unidos.

A ex-premiê Benazir Bhutto, que voltou no mês passado ao país depois de anos de exílio para conduzir seu partido nas eleições, está atualmente em Dubai, visitando sua família. Logo após o episódio, a ex-primeira-ministra segui direto ao Paquistão. Mais cedo, ela disse que não voltaria ao Paquistão enquanto o extado de emergência estivesse decretado.

Aitzaz Ahsan, líder da oposição e advogado paquistanês, foi detido após a decretação do estado de emergência. "Eles me entregaram um pedido de detenção de 30 dias", afirmou Ahsan, presidente de uma importante entidade de classe, a repórteres do lado de fora de sua casa, na capital. "Um homem tornou refém toda a nação.... Chegou a hora do general Musharraf ir embora."

Colegas advogados gritavam "fora, Musharraf, fora" enquanto Ahsan, que era levado pela polícia, fazia o sinal da vitória a seus apoiadores.




Fonte: Estadão

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