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Internacional
Sábado - 03 de Novembro de 2007 às 14:57

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O presidente do México, Felipe Calderón, disse que toda a Força Aérea mexicana está envolvida no trabalho de enviar suprimentos ao Estado de Tabasco, no sudeste do país, onde as inundações já deixaram mais de 800 mil desabrigados.

Em visita ao Estado, Calderón prometeu o total apoio do governo às mais de 1 milhão de pessoas afetadas pela enchente, que é considerada a pior dos últimos 50 anos. Calcula-se que 80% do Estado esteja embaixo d´água.

Depois de sobrevoar a região atingida, Calderón descreveu a enchente como "não apenas o pior desastre natural da história deste Estado mas, me atrevo a dizer, um dos piores da história recente do país".

Calderón também afirmou que, passado o estágio crítico, "nós vamos reconstruir Tabasco custe o que custar".

Auxílio

O presidente mexicano deu poderes especiais a soldados e policiais para manter a ordem e evitar saques.

Calderón fez um apelo às companhias aéreas privadas para que participem dos esforços de ajuda às vítimas, já que todas as estradas do Estado estão bloqueadas pelas águas.

Milhares de pessoas permanecem ilhadas. As equipes de socorro usam helicópteros e barcos para resgatar moradores dos telhados de suas casas.

O governador do Estado, Andrés Granier, pediu que qualquer pessoa que tenha um barco ajude nos trabalhos de resgate.

O governo estadual informou que uma pessoa morreu por causa das enchentes.

Nos hospitais, pacientes estão sendo transferidos para Estados vizinhos.

Segundo Granier, 100% das lavouras foram perdidas.

O governador fez uma referência ao furacão Katrina, que atingiu a cidade americana de Nova Orleans em 2005, e disse que aquela situação era "pequena comparada a esta".

Abrigo

Segundo o correspondente da BBC na região, Andy Gallacher, a capital de Tabasco, Villahermosa, e várias outras cidades do Estado se transformaram em imensos lagos marrons, nos quais apenas o topo das árvores e os telhados das casas são visíveis.

O secretário de governo de Villahermosa, Humberto Mayans, disse que mais de 100 mil pessoas estão nas ruas da cidade, transformada em "um imenso abrigo a céu aberto".

As autoridades estão preocupadas com a possibilidade de proliferação de doenças.

O porta-voz da Secretaria de Saúde de Tabasco, Garcia Rochin, disse à BBC que há escassez de água potável e comida.

"Nossos abrigos estão lotados e ainda estamos realizando resgates nas áreas inundadas", disse.

Segundo o funcionário da Cruz Vermelha Max Romero, 650 abrigos foram instalados em áreas altas em Tabasco e também nos Estados vizinhos de Campeche e Veracruz.

As inundações foram provocadas por tempestades que castigam a região desde a semana passada e já causaram problemas também à indústria de petróleo do México, interrompendo praticamente todas as exportações e um quinto da produção do país.

A previsão é de que as fortes chuvas devem prosseguir neste fim de semana.





Fonte: ABr

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