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Nacional
Sexta - 02 de Novembro de 2007 às 21:53

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O dia é de Finados; o clima, não. Em vez da esperada e típica garoa fina, quase uma marca registrada do feriado dedicado aos mortos, quem deu as caras foi o sol. E muito calor. Mesmo assim, eles saíram de suas tumbas, de seus túmulos, caixões, sarcófagos e sabe-se lá de onde mais e se reuniram na tarde ensolarada desta sexta-feira (2) no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Em sua segunda edição, a Zombie Walk conseguiu a proeza de juntar cerca de 400 criaturas, todas, sem exceção, amantes de filmes, livros e quadrinhos de terror. Nas fantasias exibidas, muita roupa preta, muito líquido vermelho imitando sangue e muita maquiagem. Algumas mais caprichadas; outras mais escrachadas, típicas de produção de filme B de terror, como os do Zé do Caixão.

Aliás, faltou apenas o cultuado diretor na caminhada dos zumbis. Marcaram presença toda a fauna que habita estes filmes, como Freddy Krugger (Sexta-feira 13), Jason (Hallowen), dentre outros seres bizarros e outros nem tanto, como um zumbi travestido de Elvis Presley. O que importa é chamar a atenção, e quanto mais esquisito, melhor. E, claro, fazer pose para as fotos.

Curiosos, aliás, não faltaram enquanto durou a concentração dos zumbis. Aos poucos, as criaturas vão deixando de lado as carrancas e logo começam a abrir um sorriso para as lentes. Tudo, na verdade, não passa de uma grande brincadeira organizada por uma casa noturna underground da Rua Augusta.

Piadas e cantadas

Na caminhada até a boate, os zumbis se arrastam e protagonizam cenas das mais inusitadas. No caminho, crianças de olhos arregalados, muitos sorrisos cúmplices dos transeuntes, alguns sustos por parte dos mais desatentos e muito motorista com cara de enfezado. Afinal, boa parte dos zumbis tomou conta das faixas da direita das avenidas Paulista e Consolação na caminhada até a boate, onde tudo terminaria em balada.

Para descontrair, muitas piadas e até cantadas. A mais utilizada pelos mortos-vivos para tentar faturar uma morta-viva era: “Posso comer o seu cérebro?”. A resposta, obviamente, não é possível publicar. O Capitão Nascimento, personagem célebre do filme Tropa de Elite, também foi lembrado. “Você não é caveira, entendeu? Vc é zumbi! Zumbi!”, parodiavam, em um humor dos mais peculiares.

E em caminhada de morto-vivo que se preza não poderia faltar um corintiano, alvo preferido das mais variadas piadas. “Esse é o vivo mais morto da caminhada”, “Aí, corintiano, você está no lugar certo, mesmo”, “Mais morto do que vivo” e comentários do tipo.

Na chegada, uma balada, com música eletrônica, aguardava os zumbis, pois afinal ninguém é de ferro. Os melhores zumbis masculino e feminino seriam premiados com um troféu. Além disso, haveria sorteio de brindes e exibição de cenas de filmes trash. Ao cair da noite, no entanto, muitos zumbis preferiram retornar para as suas tumbas ou qualquer outro esconderijo. Pelo jeito, acostumaram com o sol.




Fonte: G1

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