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Internacional
Sexta - 02 de Novembro de 2007 às 21:36

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Paris, 2 nov (EFE).- Os seis membros da ONG francesa Arca de Zoé detidos no Chade e acusados de seqüestro de menores e fraude após terem tentado levar para a França 103 crianças da região, terão agora "o apoio" do Governo francês, disse hoje o advogado deles.

"Agora temos o apoio do Ministério de Exteriores. Antes não o tínhamos", declarou o advogado Gilbert Collard, após os familiares dos detidos terem tido uma longa reunião com a secretária de Estado de Direitos Humanos, Rama Yade.

O advogado, que chamou de "inaceitável" a atitude anterior do Governo, disse que o embaixador francês no Chade tem agora a missão de "garantir a segurança" dos prisioneiros, que, em N'djamena, estão abrigados nas delegacias de Polícia para não ficarem em um ambiente penitenciário que "poderia ser muito agressivo".

Os seis membros da Arca de Zoé, três jornalistas franceses e sete tripulantes espanhóis do avião alugado que devia levar as crianças para a França, foram transferidos hoje de Abéché (leste do Chade) para a capital N'djamena.

A mudança dos acusados aconteceu após a Corte Suprema do Chade decidir enviar as diligências judiciais de Abéché para N'djamena.

Segundo Collard, um juiz de instrução será designado na próxima segunda em N'djamena e depois será apresentado um pedido de libertação para "todos os acusados".

Em comunicado, a secretária de Estado de Direitos Humanos disse que informou às famílias sobre as disposições "excepcionais" tomadas pelas autoridades chadianas em N'djamena para "garantir a segurança e condições de detenção ótimas".

Ao evocar o convênio de cooperação judicial entre França e Chade afirmou que agora o procedimento judicial está "plenamente nas mãos dos dois magistrados, um francês e um chadiano".

Apesar de o presidente do Chade, Idriss Déby, ter expressado publicamente o desejo de que os jornalistas franceses e as "aeromoças" espanholas possam ser libertados o mais rápido possível, a situação judicial dos membros da ONG parece muito sombria.

Um documento publicado hoje sugere que a ONG mentiu no Chade sobre suas intenções.

Na França tinha dito que o objetivo da operação era levar para o território francês centenas de crianças da conflituosa região sudanesa de Darfur para "salvá-las da morte".




Fonte: EFE

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