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Policiais pareciam 'histéricos', diz testemunha da morte de Jean Charles
- Uma mulher que presenciou a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes dentro de um vagão do metrô, no sul de Londres, descreveu pela primeira vez, em entrevista à BBC, o que viu naquele momento.
Anna Dunwoodie contou que estava sentada perto de Jean Charles quando ele foi baleado.
"Um policial correu para a porta e chamou os outros", disse Anna. "Todos eles vieram para dentro do vagão e caíram por cima daquele homem que estava à minha direita, e que agora sei que era o Jean Charles."
"Houve pânico e um clima de confusão", descreve. "Os homens que entraram correndo pareciam meio caóticos e, mesmo que isso pareça estranho, eu os descreveria até como um pouco histéricos."
"A primeira coisa que pensei é que eles eram terroristas com uma bomba", afirmou a testemunha. "Então, houve um momento em que pensei que nós todos iríamos morrer."
"Quando eu vi que não havia bomba, quando eles se jogaram por cima dele, eu percebi que algo muito diferente estava acontecendo e que eu poderia escapar", acrescentou.
"Então, eu corri quando eles começaram a atirar. Todos correram com o som dos tiros. Foi horrível, apavorante e sangrento."
Na quinta-feira, a Polícia Metropolitana de Londres foi condenada a pagar multa de 175 mil libras (cerca de R$ 634 mil) e mais 385 mil libras (cerca de R$ 1,394 milhão) pelos custos do processo por colocar a segurança pública em risco no episódio que resultou na morte de Jean Charles.
Na entrevista à BBC, exibida na Grã-Bretanha pouco depois do anúncio do veredicto da Justiça britânica, Anna Dunwoodie disse que sequer notou a presença de Jean Charles no metrô até a chegada dos policiais armados.
"Antes dos policiais armados entrarem, eu estava prestando atenção no outro (policial), que estava bem agitado", conta Anna.
"O Jean Charles não estava fazendo nada fora no normal. Pareceu, pra mim, que ele foi pego aleatoriamente pela polícia porque estava perto da porta."
Anna Dunwoodie afirma que ter presenciado a cena mudou uma série de aspectos de sua vida.
"É um episódio que eu nunca vou esquecer, e a morte dele é algo que eu desejaria nunca ter presenciado", diz a testemunha. "Sempre vou me lembrar disso."
"Com certeza, eu me sinto diferente em relação à polícia desde o incidente", acrescenta. "Não parecia que eu estava no meio de uma operação policial. Acho que foi por isso que saí da cena e não percebi que era a polícia que estava ali."
"Acho que uma das coisas mais chocantes é que esta tragédia aconteceu aparentemente sem qualquer planejamento", concluiu Anna.
Anna Dunwoodie contou que estava sentada perto de Jean Charles quando ele foi baleado.
"Um policial correu para a porta e chamou os outros", disse Anna. "Todos eles vieram para dentro do vagão e caíram por cima daquele homem que estava à minha direita, e que agora sei que era o Jean Charles."
"Houve pânico e um clima de confusão", descreve. "Os homens que entraram correndo pareciam meio caóticos e, mesmo que isso pareça estranho, eu os descreveria até como um pouco histéricos."
"A primeira coisa que pensei é que eles eram terroristas com uma bomba", afirmou a testemunha. "Então, houve um momento em que pensei que nós todos iríamos morrer."
"Quando eu vi que não havia bomba, quando eles se jogaram por cima dele, eu percebi que algo muito diferente estava acontecendo e que eu poderia escapar", acrescentou.
"Então, eu corri quando eles começaram a atirar. Todos correram com o som dos tiros. Foi horrível, apavorante e sangrento."
Na quinta-feira, a Polícia Metropolitana de Londres foi condenada a pagar multa de 175 mil libras (cerca de R$ 634 mil) e mais 385 mil libras (cerca de R$ 1,394 milhão) pelos custos do processo por colocar a segurança pública em risco no episódio que resultou na morte de Jean Charles.
Na entrevista à BBC, exibida na Grã-Bretanha pouco depois do anúncio do veredicto da Justiça britânica, Anna Dunwoodie disse que sequer notou a presença de Jean Charles no metrô até a chegada dos policiais armados.
"Antes dos policiais armados entrarem, eu estava prestando atenção no outro (policial), que estava bem agitado", conta Anna.
"O Jean Charles não estava fazendo nada fora no normal. Pareceu, pra mim, que ele foi pego aleatoriamente pela polícia porque estava perto da porta."
Anna Dunwoodie afirma que ter presenciado a cena mudou uma série de aspectos de sua vida.
"É um episódio que eu nunca vou esquecer, e a morte dele é algo que eu desejaria nunca ter presenciado", diz a testemunha. "Sempre vou me lembrar disso."
"Com certeza, eu me sinto diferente em relação à polícia desde o incidente", acrescenta. "Não parecia que eu estava no meio de uma operação policial. Acho que foi por isso que saí da cena e não percebi que era a polícia que estava ali."
"Acho que uma das coisas mais chocantes é que esta tragédia aconteceu aparentemente sem qualquer planejamento", concluiu Anna.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/200218/visualizar/
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