Polícia começa a analisar documentos de madeireiras na Operação Ouro Verde 2

Madeireiras são acusadas de crime ambiental no noroeste de Mato Grosso. Entre as irregularidades, o transporte de produtos florestais sem guia e estoques muito acima do declarado. A polícia civil começa a analisar os documentos apreendidos durante a Operação Ouro Verde 2.

As primeiras análises dos documentos apreendidos com autorização da justiça nas madeireiras indicam suspeita de fraudes para 'esquentar' madeira ilegal. Em uma empresa, por exemplo, foram encontradas notas fiscais de madeira retirada de um plano de manejo a 1.100 quilômetros da região de Colniza. A desconfiança da polícia quanto à documentação aumentou depois que policiais e fiscais do Ibama descobriram na propriedade de um madeireiro, há poucos quilômetros da serraria dele, uma extensa área desmatada ilegalmente com centenas de toras recém-derrubadas à espera dos caminhões.

Quase todas as madeireiras autuadas e lacradas pelo Ibama na região de Três Fronteiras, a 320 quilômetros de Colniza, pertencem a empresários de Rondônia. Alguns deles estão sendo investigados por supostas ligações com grileiros, posseiros e até pistoleiros da região em um esquema para intimidar pequenos produtores que ocupam áreas com boa oferta de madeira ilegal.

Pelo menos um dos acusados de fazer parte da quadrilha confessou à polícia ter negociado madeira extraída ilegalmente com uma das madeireiras autuadas pelo Ibama.