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Nacional
Sexta - 02 de Novembro de 2007 às 08:07

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Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que proibiu o nepotismo nos tribunais há dois anos começa a surtir efeito. Na cidade histórica de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, o Ministério Público pediu a demissão de dezenas de pessoas na quinta-feira (1).

O promotor de Justiça Marcos Lyra segue uma orientação do Ministério Público Estadual (MPE) e tenta acabar o nepotismo na cidade. Ele quer a demissão de todos os funcionários contratados sem concurso.

Um exemplo é um dos funcionários da secretaria municipal de Cultura e Turismo, ex-sogro do deputado federal Silvio Peccioli (DEM). O servidor estudou até a quarta série do Ensino Fundamental - o antigo primário - e ganha quase R$ 5,8 mil por mês. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, o parlamentar contratou pelo menos 12 parentes quando foi prefeito de Santana de Parnaíba entre 1997 e 2004.

No entanto, em declaração ao MP, o ex-prefeito declarou: "não possuo nenhum parente, em qualquer grau, que tenha ingressado por nomeação em cargo de comissão na prefeitura do município de Santana de Parnaíba". Mas, segundo o MP, muitos parentes dele trabalham até hoje na prefeitura. Na lista, estão tios, cunhados, ex-cunhados, ex-sogro, ex-sogra e ex-mulheres.

O prefeito de Santana de Parnaíba, José Benedito Fernandes, informou que vai identificar os funcionários que são parentes de políticos. Se a denúncia for comprovada, um processo administrativo será aberto.

O deputado federal Silvio Peccioli não se pronunciou publicamente sobre o caso.




Fonte: G1

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