EUA reitera apoio a saída humanitária para situação de reféns das Farc

Bogotá, 1 nov (EFE).- O embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, William Brownfield, reiterou hoje o apoio de seu Governo a uma saída humanitária para a situação das 45 pessoas que a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantêm como reféns, entre eles três norte-americanos.

O diplomata disse em uma entrevista à rádio "RCN" de Bogotá que Washington assumiu há cerca de dois meses uma postura a favor de uma via humanitária para a crise.

"Apoiamos a iniciativa do Governo colombiano para buscar uma solução humanitária para essa situação", afirmou Brownfield.

Ele também assegurou que vêem "com bons olhos" os esforços das pessoas, das organizações e dos Governos que trabalham "para que, em breve, seja possível a libertação rápida e segura de todos os seqüestrados".

No entanto, o diplomata exigiu de novo do grupo guerrilheiro que, como responsável pelo caso, se pronuncie sobre a situação dos reféns.

"O que temos neste momento é um diálogo entre pessoas e Governos de muito boa vontade, em Washington, na Colômbia, em Caracas e em Paris", observou Brownfield.

O que não se vê "é a participação das Farc, não vemos prova de vida, não nos permitem visitas, nem sequer vemos propostas concretas por parte deles", afirmou.

A busca de um acordo entre o Governo e as Farc depende do sucesso do papel de facilitador de negociações assumido, em meados de agosto, pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, a pedido da congressista colombiana Piedad Córdoba, responsável por uma aproximação com os rebeldes.

As Farc pretendem trocar os 45 reféns por mais de 500 guerrilheiros presos, incluindo dois extraditados para os EUA.

Além dos três americanos, seqüestrados desde fevereiro de 2003, no grupo de reféns estão a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que também possui nacionalidade francesa, e Clara Rojas, sua antiga cabo eleitoral e que se tornou mãe no período em que está seqüestrada.