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Professores de áreas quilombolas são capacitados para novas práticas pedagógicas
"Os conhecimentos absorvidos vão promover mudanças nas práticas pedagógicas e com isso gerar efeito na comunidade". A frase do professor de história na Escola Estadual Professora Eucáris Nunes da Cunha Morares, em Poconé, Ricardo de Assis, revela o objetivo das duas semanas de discussão (22/10 a 1º/11) do curso de capacitação para professores de áreas quilombolas, promovido pela Coordenação de Educação Étnicas e Raciais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Cerca de 130 participantes de territórios quilombolas conheceram um pouco mais sobre a história do negro, a origem dos quilombos, e tiveram espaço para debater as relações étnicos raciais da cultura, religiosidade e arte negra. O curso proferido por palestrantes de diferentes centros de estudos da cultura negra do país trouxe fatos históricos até então desconhecidos pelos cursistas. "Vários mitos foram derrubados", afirmou Gonçalina Almeida, alfabetizadora na Escola Municipal São Benedito, da Comunidade Mata Cavalo.
A professora Ana Maria de Arruda, também de Mata Cavalo, revelou que acabou conhecendo uma outra história do povo negro. "A história oficial nos passa uma imagem depreciativa da cultura africana", diz ela. No entanto, destaca, que o curso revelou, por exemplo, a riqueza da história da África e que o continente tem muito mais do um povo pobre. "Somos o berço da humanidade, com cultura e religiosidade riquíssimas", destacou a cursista.
As reflexões foram motivadas por palestras e oficinas apresentadas pelos convidados que revelaram uma história até então desconhecida sobre o povo negro. Para o professor doutor Henrique Cunha Júnior, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), debater a cultura específica com a comunidade é fundamental para formar professores capazes de trabalhar com essa cultura. "A cultura generalista faz com que os quilombolas acabem vivendo na cidade, em favelas. Conhecendo a própria cultura eles vão viver bem na própria comunidade", esclareceu. Conforme Cunha Júnior, é um progresso na mentalidade dos gestores entender a importância da especificidade.
Na palestra de encerramento, nesta quinta-feira (1/11), o palestrante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professor mestrando Severino Ramo Correa, o "Lepe", já havia apresentado uma oficina de corporeidade. Segundo ele, é importante fazer as pessoas despertarem no corpo o que a cultura européia marginalizou, com modelos, idéias. "Ela nos foi repassada como a única, a legítima. As outras ficaram no segundo lugar", disse. O professor que promoveu por meio das atividades a consciência de toque, do corpo na cultura afro, destaca que hoje impera o individualismo.
Cerca de 130 participantes de territórios quilombolas conheceram um pouco mais sobre a história do negro, a origem dos quilombos, e tiveram espaço para debater as relações étnicos raciais da cultura, religiosidade e arte negra. O curso proferido por palestrantes de diferentes centros de estudos da cultura negra do país trouxe fatos históricos até então desconhecidos pelos cursistas. "Vários mitos foram derrubados", afirmou Gonçalina Almeida, alfabetizadora na Escola Municipal São Benedito, da Comunidade Mata Cavalo.
A professora Ana Maria de Arruda, também de Mata Cavalo, revelou que acabou conhecendo uma outra história do povo negro. "A história oficial nos passa uma imagem depreciativa da cultura africana", diz ela. No entanto, destaca, que o curso revelou, por exemplo, a riqueza da história da África e que o continente tem muito mais do um povo pobre. "Somos o berço da humanidade, com cultura e religiosidade riquíssimas", destacou a cursista.
As reflexões foram motivadas por palestras e oficinas apresentadas pelos convidados que revelaram uma história até então desconhecida sobre o povo negro. Para o professor doutor Henrique Cunha Júnior, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), debater a cultura específica com a comunidade é fundamental para formar professores capazes de trabalhar com essa cultura. "A cultura generalista faz com que os quilombolas acabem vivendo na cidade, em favelas. Conhecendo a própria cultura eles vão viver bem na própria comunidade", esclareceu. Conforme Cunha Júnior, é um progresso na mentalidade dos gestores entender a importância da especificidade.
Na palestra de encerramento, nesta quinta-feira (1/11), o palestrante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professor mestrando Severino Ramo Correa, o "Lepe", já havia apresentado uma oficina de corporeidade. Segundo ele, é importante fazer as pessoas despertarem no corpo o que a cultura européia marginalizou, com modelos, idéias. "Ela nos foi repassada como a única, a legítima. As outras ficaram no segundo lugar", disse. O professor que promoveu por meio das atividades a consciência de toque, do corpo na cultura afro, destaca que hoje impera o individualismo.
Fonte:
Seduc-MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/200338/visualizar/
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