USP avalia novo modelo de contribuição do Fundecitrus

Ribeirão Preto, 1 - O Centro de Conhecimento em Agronegócio da Universidade de São Paulo (Pensa/USP) inicia, na próxima semana, o "Rally da Citricultura", projeto que pretende recolher dados para a elaboração do novo modelo de contribuição dos associados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O novo estatuto da entidade, mantida pela indústria e pelos citricultores, que entrará em vigor em março de 2008, propõe que a contribuição seja baseada no número de plantas citrícolas das propriedades. Hoje a contribuição é feita por caixa de laranja (40,8 kg) processada nas fábricas de suco.

O projeto "Rally da Citricultura" percorrerá dez cidades produtoras de citros para fazer reuniões com todos os agentes envolvidos no setor: produtores, viveiristas, sindicatos, indústria de suco e empresas de insumos e máquinas. O primeiro encontro será na próxima quinta-feira, em Itápolis (SP). Os trabalhos se estendem até o dia 18 de dezembro, com a realização de dois workshops que irão mostrar os resultados preliminares das discussões.

Um dos responsáveis pelo projeto, o pesquisador Vinícius Gustavo Trombini, explica que o novo modelo trará vantagens para o setor e que o foco das discussões não deverá ser apenas o valor da contribuição. "Queremos descobrir formas de envolver todos os agentes da cadeia rural citrícola, não apenas os citricultores que vendem suas caixas de laranjas para a indústria, pois todos usufruem dos benefícios trazidos pelo Fundecitrus", explica.

Segundo o pesquisador do Pensa, Frederico Fonseca Lopes, o novo modelo de contribuição do Fundecitrus será construído com uma abordagem participativa. "Tornaremos o modelo democrático. Queremos a participação de todos, contribuições por meio de questionários que serão distribuídos nos eventos do rally, e também na enquete do site (www.nossalaranja.org), criado para coletar informações", afirma Lopes.