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Polícia Brasil
Quarta - 31 de Outubro de 2007 às 17:13

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Policiais da 32ª DP (Taquara) prenderam nesta quarta-feira (31) Marco Aurélio França Moreira, de 40 anos. Marcão, como é conhecido, é líder da comunidade Novo Rio, no bairro da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio; é presidente do Centro Social Comunitário do Marcão, além de ser suplente de deputado federal pelo PSC.

Suspeito de chefiar a milícia no local, segundo a polícia, Marcão foi preso por furto de energia elétrica nos imóveis de sua propriedade, um prédio de três andares onde funciona o centro social e uma pizzaria.

De acordo com a Polícia Civil, o crime foi comprovado pelo perito criminal Rômulo Leitão Cajueiro, da Delegacia de Serviços Delegados. Marcão é investigado pelo loteamento irregular em Novo Rio e já havia prestado depoimento no último dia 11 de setembro, explicou o delegado Pedro Paulo Pontes Pinho, que comanda as investigações.

Durante as investigações, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli constataram o parcelamento irregular do solo urbano e a ligação clandestina com a rede elétrica. Segundo o delegado, Marcão se diz proprietário da área da comunidade ocupada com a venda de lotes promovida durante sua campanha eleitoral em 2006.

Área comprada por mais de R$ 2 milhões

No primeiro depoimento, Marcão afirmou que parte da área ocupada pela comunidade que chefia foi doada pela então governadora Rosinha Matheus, e o restante foi adquirido com recursos da própria associação de moradores, pelo valor de R$ 2,1 milhões. O líder comunitário, no entanto, ainda não apresentou qualquer documento que comprove a posse do terreno.

O delegado acrescentou ainda que Marcão é suspeito de fazer a venda dos lotes irregulares condicionada à obrigação de que as obras no local seriam de responsabilidade da cooperativa do centro social, que até hoje não foram entregues. A perícia acredita que seja um total de 800 casas. Cada lote teria sido vendido por R$ 7,5 mil.

Segundo Pedro Paulo Pinho, Marcão ainda não apresentou qualquer documento que comprove a posse do terreno. Ele tem passagens na polícia por estelionato, constrangimento ilegal, ameaça, violação de domicílio, lesões corporais e várias outras queixas promovidas por compradores de lotes que não foram entregues. Há processos ainda por tentativa de homicídio e extorsão.





Fonte: G1

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