Arquiteto representará MT na Bienal Internacional de Arquitetura de SP
Pela primeira vez em sua história, o Estado de Mato Grosso terá, formalmente, um representante que vai expor o conjunto de seus projetos na 7ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, um dos mais importantes eventos das Américas, com foco na arquitetura. Prevista para se realizar de 10 de novembro a 16 de dezembro, no Parque Ibirapuera, nesta edição, a bienal traz como temática:"Arquitetura, o público e o privado" e deve reunir profissionais convidados e participantes de diversos países. A mostra é organizada pela Fundação Bienal de São Paulo e o Instituto de Arquitetos do Brasil, representante brasileiro da União Internacional de Arquitetos (UIA).
Para o reconhecido arquiteto radicado em Mato Grosso, José Afonso Botura Portocarrero, convidado especial do Comitê Curatorial da 7ª BIA, representar o Estado e a região Centro-Oeste é uma honra. "Fiquei surpreso com o convite, já que o comitê convida apenas 18 arquitetos estrangeiros e 12 brasileiros, mas sem dúvida será uma honra, representar o Estado e a região Centro-Oeste", disse Portocarrero na manhã desta quarta-feira (31.10), na Secretaria de Comunicação Social do Estado de Mato Grosso (Secom-MT).
Ele revelou que o seu estande de convidado, o de número 9, com 80 metros quadrados localiza-se no segundo pavimento do espaço físico da Bienal, em frente aos estandes dos arquitetos; Paulo Mendes da Rocha, reponsável pelo projeto arquitetônico do Terminal Rodoviário de Cuiabá ; "Engenheiro Cássio da Veiga de Sá", entre outros também destacáveis, e, do consagrado arquiteto; Oscar Niemeyer, principal homenageado pela BIA neste ano em que, no próximo dia 5 completa 100 anos de vida, ressaltou. Portocarrero revelou ainda que os dois convidados especiais foram os únicos brasileiros a receber o prêmio internacional Pritzker de Arquitetura, "comparável a uma espécie de Nobel da Arquitetura", salientou o arquiteto.
Doutor em arquitetura, fundador e professor do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o arquiteto informou que apresentará 11 trabalhos na Bienal, entre eles, o Memorial Rondon, que elaborou em parceria com o arquiteto Paulo Molina, ainda em construção; a sede de Estudos e Pesquisas Tecnológicas Indígenas (Tecnoíndia - Casai), encomendada pelo Museu Rondon, UFMT e Fundação Nacional do Índio (Funasa), o prédio da UFMT em Pontal do Araguaia; a residência dos pais; uma clínica odontológica indígena e o espaço do conhecimento do Sebrae-MT.
Os outros projetos do arquiteto são: uma escola que projetou para a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), onde o conforto ambiental foi o principal cuidado na elaboração do projeto; a sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), no campus da universidade em Cuiabá; o Centro de Pesquisas do Pantanal (CPP/UFMT), em Poconé (MT) e o prédio da Faculdade de Sorriso (FAIS) e um protótipo de habitação rural para assentamentos. Sobre o Memorial Rondon, obra do governo do Estado, Portocarrero se diz ansioso pela sua conclusão que para ele, "representará uma justa homenagem ao desbravador e Pai das Telecomunicações mimosense".
José Afonso Portocarrero
O arquiteto convidado formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (SP), possui especialização em planejamento urbano pela Universidade de Dormund, na Alemanha, mestrado em História, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e doutorado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Foi presidente do do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de Mato Grosso - IAB-MT, na gestão 1989/1991 e secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Cuiabá, no período de 1993 a 1996. É professor adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFMT e coordanador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Tecnológicas Indígenas (Tecnoíndia).
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