Goiás e Vasco evitam desespero, mas jogam contra ameaça
A ameaça de rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro não é a única coincidência entre Goiás e Vasco. Rivais às 20h45 desta quarta-feira, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, os dois times dividem uma sensação forçada de tranqüilidade a despeito da iminência de descenso. O maior desafio, contudo, tem sido encontrar argumentos para sustentar esse otimismo.
O Goiás, por exemplo, venceu apenas um de seus últimos cinco jogos. Mas se apóia justamente nesse triunfo, obtido diante de um time carioca e no mesmo Serra Dourada desta quarta-feira - 5 a 3 sobre o Fluminense no dia 20 de outubro, na última apresentação da equipe esmeraldina como mandante.
Em seus domínios, aliás, o Goiás sofreu apenas três resultados adversos no atual Campeonato Brasileiro. O time dirigido por Márcio Araújo só foi superado por Flamengo, Atlético-PR e Náutico, mas as duas últimas derrotas aconteceram recentemente (ambas em setembro, respectivamente nos dias 5 e 15).
"Nós temos jogado bem em casa e foi assim contra o Fluminense. Mesmo contra o Cruzeiro [empate por 0 a 0 no dia 7 de outubro] a nossa apresentação não foi ruim", minimizou o treinador Márcio Araújo.
A fragilidade dos argumentos usados para tentar amenizar a ameaça de descenso, contudo, não é exclusividade do Goiás. O Vasco também usa fatores pouco ou nada convincentes para mostrar por que sua torcida não deve rechaçar a hipótese de um triunfo no Serra Dourada.
"A equipe mostrou atitude nas duas últimas partidas e agora terá um confronto direto pela frente. Vamos jogar fechados e procurar aproveitar as oportunidades que aparecerem", projetou o zagueiro Jorge Luiz.
As atuações citadas pelo defensor são a vitória por 1 a 0 sobre o América do México - resultado que eliminou os cariocas da Copa Sul-Americana - e o empate por 2 a 2 com o Palmeiras, primeiras partidas do Vasco depois da demissão do técnico Celso Roth. O time cruzmaltino foi dirigido interinamente pelo centroavante Romário contra os rivais da América de Norte e Valdir Espinosa fez sua estréia no último domingo, em São Januário.
A ascensão depois da saída de Roth, que havia vencido apenas duas de suas últimas dez partidas no clube, parece encorajadora. Ainda mais se aliada ao discurso dos jogadores e de Valdir Espinosa, que ainda planejam brigar por uma vaga na Copa Sul-Americana de 2008. "Estamos na zona de classificação e temos condições para isso. Só precisamos manter o foco", cobrou o comandante.
Só que a realidade do Vasco é bem menos positiva. Atualmente na 11ª posição da tabela, o time de São Januário tem 44 pontos, três a mais que o Goiás (16º), e pode ver o rebaixamento se aproximar se for derrotado nesta quarta-feira. De quebra, ainda precisará superar o histórico negativo como visitante, condição em que não vence uma partida sequer desde o dia 1º de agosto (desde então, os cariocas acumularam quatro empates e quatro derrotas fora de seus domínios).
Nesta quarta-feira, o Vasco ainda não poderá contar com Romário, que viajou para Zurique a convite da Confederação Brasileira de Futebol para integrar a delegação que participou do anúncio do país pentacampeão como sede da Copa do Mundo de 2014.
Ao contrário de Espinosa, o técnico Márcio Araújo não terá nenhum problema para escalar o Goiás para o jogo no Serra Dourada. Com isso, o time esmeraldino deve repetir a escalação que levou 3 a 0 do Santos no último fim de semana.
Data: 31/10/2007 (quarta-feira/hoje)
Horário: 20h45
Local: estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Árbitro: Alício Pena Júnior (Fifa-MG)
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (Fifa-RN) e Márcio Eustáquio Santiago (MG)
GOIÁS
Harlei; Ernando, Paulo Henrique e André Leone; Vítor, Cleber Goiano, Amaral, Paulo Baier e Fábio Bahia; Rinaldo e Cristiano Técnico: Márcio Araújo
VASCO
Cássio; Wagner Diniz, Jorge Luiz, Luizão e Rubens Junior; Amaral, Thiaguinho, Leandro Bonfim e Conca; Leandro Amaral e Alan Kardec Técnico: Valdir Espinosa
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