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Nacional
Terça - 30 de Outubro de 2007 às 22:00

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A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) e a CEG RIO informaram nesta terça-feira (30) que foi interrompido o fornecimento de gás para 89 postos de Gás Natural Veicular (GNV), da Região Metropolitana do Rio. A medida foi tomada depois que a Petrobras comunicou a redução no volume diário entregue às duas companhias.

Segundo a CEG, desde o início da manhã desta terça, a Petrobras reduziu em aproximadamente 1,3 milhão de metros cúbicos, dos 7,57 milhões que são fornecidos diariamente às Companhias por causa, segundo nota da CEG, de um desequilíbrio na malha de transporte de gás natural da própria Petrobras.

Também em nota, a Petrobras explica, entretanto, que reduziu o volume de gás porque "as empresas (CEG e CEG RIO) vinham realizando, há mais de um ano, retiradas do produto superiores ao volume total estabelecido em contrato", além de alegar que já havia avisado à CEG há duas semanas. No comunicado, a Petrobras informa que a redução está de acordo com uma resolução da "Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em maio deste ano, para garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural".

Queda substancial de volume

A medida provocou uma redução automática na rede de alta pressão da CEG, gerando queda substancial dos volumes entregues às grandes indústrias e postos de GNV.

Com o objetivo de garantir a segurança do sistema de distribuição e assegurar o fornecimento de gás para residências e comércios, a CEG interrompeu o abastecimento do GNV nos postos.

A nota das empresas informa que as retiradas de gás da CEG estão no mesmo patamar observado nos últimos doze meses, não havendo portanto nenhuma alteração substancial que tenha contribuído para qualquer tipo do problema na malha de transporte da Região Sudeste.

Segundo a CEG, cerca de 500 mil veículos já foram convertidos para a utilização do GNV. Ao todo, são 452 postos com fornecimento de gás no estado. Segundo a empresa, não há previsão de quando o abastecimento será normalizado nos 89 postos. O critério de escolha, segundo empresa, foi feito por questões técnicas de acordo com o posicionamento deles na rede.

Posição da CEG

As companhias informam que não concordam com a medida, classificada pelas empresas como arbitrária e unilateral adotada pela Petrobras, que viola o atual contrato de suprimento.

“Tal medida significa uma redução abrupta dos volumes que vinham sendo fornecidos, sem que as companhias tivessem tempo hábil para aplicar seu Plano de Contingência com o objetivo de minimizar os efeitos dessa medida para todos os clientes industriais e, principalmente, postos de GNV, residências, escolas e hospitais.”

A CEG e a CEG Rio informaram que lamentam o incômodo gerado aos usuários afetados e informam que estão tomando todas as medidas legais cabíveis, com o apoio do Governo do Rio, para preservar os direitos das companhias e de seus clientes, com o objetivo de normalizar o abastecimento à população.

Posição da Petrobras

A Petrobras divulgou nota sobre o caso. Veja a íntegra:

"A PETROBRAS se viu obrigada a limitar temporariamente, a partir de hoje (30/10), a entrega de gás natural às distribuidoras CEG, CEG-RIO e COMGÁS ao volume estabelecido nos contratos assinados com estas companhias. As empresas vinham realizando, há mais de um ano, retiradas do produto superiores ao volume total estabelecido em contrato.

A medida foi tomada para atender aos demais contratos e ao Termo de Compromisso assinado pela PETROBRAS com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em maio deste ano, para garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural.

As distribuidoras foram alertadas há duas semanas pela área técnica da Companhia sobre a redução dos volumes entregues, diante da necessidade de despacho das térmicas por mérito.

A Companhia está em negociação, há vários meses, com estas distribuidoras (CEG, CEG-RIO e COMGÁS) para atender aos volumes retirados pelas empresas acima do que está contratado por meio de outras modalidades contratuais de longo prazo, de forma a atender aos diversos segmentos de mercado destas companhias."




Fonte: G1

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