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Nacional
Terça - 30 de Outubro de 2007 às 13:50
Por: Cristiana Lôbo

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, espera para hoje à tarde ou no máximo amanhã o pedido de afastamento de Milton Zuanazzi do cargo de presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O afastamento está sendo negociado pelo ministro de Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, o “padrinho político” de Zuanazzi no cargo.

Hoje, pela manhã, o ministro Nelson Jobim deu a senha para a expectativa.

“Vamos esperar os acontecimentos desta tarde”, disse ele, durante entrevista em que falou de medidas no setor aéreo - entre elas, a necessidade de as empresas aéreas informarem aos passageiros os horários de vôos e atrasos.

Perguntado pelos jornalistas sobre o motivo de Zuanazzi não ter sido convidado para a reuinão, respondeu: ”Nós estamos em um momento de substituição. E nós temos que trabalhar com quem vai para o futuro e não para quem já fica no presente. Tá bom?”

A saída de Zuanazzi da presidência da Anac vem sendo aguardada pelo ministro Nelson Jobim desde agosto, quando houve o primeiro pedido de afastamento, feito pela diretora Denise Abreu. Em seguida, outros três diretores se afastaram por iniciativa própria - Jorge Velozo, Leur Lomanto e Josef Barat.Só Zuanazzi resistia e chegou a declarar, na semana passada, que devia sua nomeação ao presidente Lula, num sinal de que não tomaria a iniciativa de se afastar do cargo -a menos que fosse um pedido do próprio presidente. Ontem, no Palácio do Planalto, a saída de Zuanazzi já era dada como certa: “mais dia, menos dia”, conforme um assessor. A ministra Dilma Roussef, que em determinado momento foi apontada como defensora de Zuanazzi no cargo, já vinha defendendo seu afastamento.

Segundo auxiliares do Planalto, o presidente Lula está satisfeito com o trabalho de Nelson Jobim - apesar da ameaça de nova crise nos aeroportos neste final de ano - porque, na avaliação interna, ao aceitar o cargo, Jobim tirou de dentro do Planalto um problema que vinha gerando desgaste à imagem do governo.

- A crise saiu de dentro do Palácio do Planalto e foi ser comandada pela Defesa - disse o auxiliar, demonstrando que Jobim, apesar das dificuldades do momento, tem o reconhecimento do presidente Lula.

Jobim assumiu o cargo com a promessa de ter carta branca para administrar o setor aéreo. Foi quando determinou mudanças em toda a diretoria da Infraero e pediu aos diretores da Anac - a primeira diretoria na agência criada no governo Lula - que entregassem os cargos. Os quatro diretores pediram e Zuanazzi resistia, alegando ter mandato. Jobim já indicou o birgadeiro Allemander Pereira Filho para uma das diretorias e dois outros nomes já estão aprovados pelo Congresso - Marcelo Guaranys e Alexandre Barros. Ele designou a economias Solange Vieira para a Anac, para ser eleita presidente, no lugar de Milton Zuanazzi.





Fonte: G1

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