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Terça - 30 de Outubro de 2007 às 07:40
Por: Adriana Chaves

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Recém-eleito Mister Gay Brasil, o publicitário Luciano Lupo, 27 anos, vive um drama na família desde que seu irmão mais novo foi assassinado no interior de Mato Grosso, há cerca de um mês.

O publicitário soube da morte do irmão, Leonardo Lupo Júnior, 26, na semana em que fez sua inscrição para o Big Brother Brasil. “Foi muito difícil. Foram dias muito complicados. Eu moro em Cuiabá e meu irmão vivia com minha mãe em Lucas do Rio Verde (MT).”

“Liguei para minha mãe num sábado à noite e ela comentou que estava preocupada porque o Leonardo havia saído e não havia voltado. Naquela noite eu ainda liguei cinco vezes porque fiquei preocupado com ela. No dia seguinte ela me ligou para dizer que ainda não tinha notícias. Na segunda-feira de manhã eu soube da morte do meu irmão”, disse Lupo.

De acordo com o delegado de Lucas do Rio Verde, Flávio Henrique Stringuerta, o corpo de Leonardo foi encontrado por volta do meio-dia do dia 30 de setembro. “Ele foi atingido por pauladas na cabeça, havia um pedaço de madeira no local. Ainda investigamos a causa do crime.”

Desde a morte de seu filho caçula, a cabeleireira e cantora gospel Vilma de Moura Ruiz Lupo, 59 anos, tenta compensar sua dor com as alegrias proporcionadas pelo publicitário.

“A polícia ainda não achou o assassino do meu filho mais novo, do meu Juninho, mas o sorriso do Luciano me alegra bastante. Vem uma tristeza de um lado, mas Deus traz outra alegria de outro lado. Sinto um buraco no peito, mas o Luciano me dá uma força muito grande. É um filho que nunca me deu trabalho, só me dá força e alegrias”, disse Vilma.

Segundo a mãe, apesar de parecidos fisicamente, os dois filhos sempre tiveram comportamentos e perfis distintos. “O Juninho era mais quieto, evangélico, pregava palavra de Deus. Já o Luciano era mais para o lado artístico, lado que também admiro.”

Animada com a possibilidade de o publicitário ter a chance de ser selecionado para participar do BBB, Vilma já pensa no que pediria para o filho fazer caso ganhasse o prêmio final.

“Ia pedir para ele pagar um detetive particular para investigar quem matou meu caçula. Ele estava indo para igreja quando foi atacado, deformaram o rosto dele. Sei que prender o criminoso não trará meu filho de volta, mas quero que haja punição. Aqui se faz, aqui se paga”, disse.

O publicitário discorda da mãe. “Nesse ponto eu bato de frente com ela. Acho que a polícia deve fazer seu trabalho e ponto. Ela deve tocar a vida e deixar isso para lá, até porque pode acabar se envolvendo com gente perigosa. Mexer nisso é pior, ela deve é se apegar a Deus e seguir a vida.”

Quanto ao dinheiro extra que daria para a mãe, caso recebesse alguma premiação, ele afirma que seria apenas para garantir “mais conforto para ela”. "Nunca permitiria que ela contratasse um detetive particular. Quero dar mais conforto para ela."

Natural de Cuiabá, o publicitário desbancou 11 candidatos na etapa nacional do concurso Mister Gay, realizado na madrugada de domingo (28) no Teatro Fábrica, no Centro de São Paulo, e agora representará o país no Mr. Gay International, que acontece de 16 a 20 de janeiro de 2008 em Hollywood.





Fonte: G1

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