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Nacional
Segunda - 29 de Outubro de 2007 às 20:33

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Ribeirão Preto - Ribeirão Preto, 29 - A Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) de São Paulo não permitiu que três caminhões, carregando cada um 9 mil litros de leite adulterado com água oxigenada, chegassem hoje a Franca, no interior paulista. O produto, que estava interditado na Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), da cidade mineira de Passos, foi barrado na divisa entre os dois Estados e seria descartado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O descarte do leite adulterado poderia ser um risco para a ETE, segundo a agência ambiental paulista. Como 49 mil litros foram transportados para Franca ontem, a Sabesp ainda poderá ser punida caso ocorra uma queda de eficiência do sistema de tratamento. A Casmil irá buscar uma solução amanhã com o órgão ambiental mineiro.

Segundo o gerente da agência da Cetesb em Franca, Francisco Roberto Setti, a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas deveria pedir a autorização ao órgão paulista para tratar e descartar o leite, mas isso não ocorreu. No Estado paulista é preciso a emissão do Certificado de Aproveitamento e Destinação de Resíduo Industrial (Cadri). "Como não tinha autorização, a transferência foi suspensa", disse Setti, que comunicou à Sabesp o risco para a ETE. A ETE francana é para esgoto doméstico, que é mais diluído que o leite.

A junta interventora da Casmil fez a transferência de emergência de 49 mil litros de leite ontem. A cooperativa, segundo a assessoria de imprensa, tinha o interesse em descartar com rapidez o leite cru suspeito de adulteração - independente da fraude, pois o leite estava a mais de 72 horas e já impróprio para ser comercializado. A Casmil precisa do tanque livre para voltar a sua produção normal.




Fonte: AE

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