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Nacional
Segunda - 29 de Outubro de 2007 às 19:04

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Um relatório sigiloso do Ministério Público Federal (MPF) apresentou o resultado da análise de mais de 50 mil litros de leite apreendidos em agosto na Casmil, cooperativa agropecuária localizada na cidade de Passos (MG). A investigação confirma a contaminação do leite com peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada.

A substância era misturada ao leite cru, entre a ordenha e o beneficiamento, e levava até quatro horas pra ser diluída. O tempo era suficiente para não aparecer nos testes do Ministério da Agricultura.

Além de aumentar o prazo de validade do leite, o golpe era usado para mascarar más condições de higiene, conservação e transporte. A análise mostrou também que a mistura ainda provocava a destruição das vitaminas A e E, duas das mais importantes contidas no leite.

Segundo o relatório, o leite com água oxigenada, se fosse ingerido em pequenas quantidades, poderia provocar problemas no estomago e no intestino. Se a concentração fosse muito alta poderia até matar ou provocar a perfuração das córneas se em contato direto com os olhos

Coopervale

O destino dos mais de 60 mil litros de leite contaminado, apreendidos na Coopervale, em Uberaba, ainda não foi definido. Mesmo para jogar a bebida no lixo, são necessários cuidados especiais.

Faz três dias que a vigilância sanitária procura um local apropriado para despejar 66 mil litros de leite contaminados e apreendidos pela polícia.

O produto está nos tanques da Coopervale, em Uberaba. A intenção é mandar o leite contaminado para alguma cidade de Minas Gerais ou de São Paulo. No entanto, ninguém quer receber esta carga.

Para evitar a repetição do problema, o Ministério da Agricultura intensificou a fiscalização nos 1700 laticínios do país.




Fonte: G1

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