Agronegócio e mineração ganham força em novo índice da FGV
No novo indicador, que passa a ser calculado a partir de janeiro de 2008, o peso dos produtos agropecuários será de 27,89%, quase três pontos porcentuais maior em relação à estrutura atual (25,32%). "De 1985 para cá, o agronegócio andou mais rápido que a indústria", diz o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Segundo ele, o novo IPA será mais sensível às oscilações de preço da soja do que as do petróleo. "O ganho de peso da soja é coerente com o que houve nos últimos 20 anos e retrata o bom momento do agronegócio", afirma o secretário executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fabio Trigueirinho.
A estrutura atual do IPA foi construída com dados de 1985, quando a economia era fechada, e a última revisão ocorreu há dez anos. A nova estrutura se baseia na Pesquisa Industrial Anual (PIA), na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) e na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), realizadas entre 2003 e 2005 pelo IBGE, na revisão do PIB feita em 2006. Também foram usados dados do Departamento de Produção Mineral do Ministério de Minas e Energia.
A indústria como um todo perdeu participação na economia e no novo indicador. Mas, em contrapartida, houve aumento da importância da indústria extrativa, especialmente por causa do boom das commodities metálicas, em relação à indústria de transformação, que produz itens acabados. O peso da indústria extrativa aumentou 0,5 ponto porcentual, de 2,32% para 2,83% e os 13 itens pesquisados foram mantidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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