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Alimentos são entregues aos reféns dos índios
Os servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) continuam retidos. Os índios não permitem que eles saiam da aldeia Pavuru, que está localizada na região do Xingu (MT).
De acordo com o coordenador regional do órgão, Marco Antônio Stangherling, eles estão se alimentando bem (comida é enviada à aldeia diariamente) e eles não estão sendo maltratados. Ele diz ainda que vai viajar, no começo da semana, para a região do Xingu para resolver o problema.
Na última sexta-feira, os reféns participaram de uma reunião sobre o plano de trabalho de saúde na aldeia para os próximos três anos. Na oportunidade, lideranças indígenas foram informadas que o chefe do Distrito Sanitário Indígena (Dsai), Jamir Alves Ferreira, que exerce o cargo desde 2005, estaria sendo remanejado para outra aldeia ainda não divulgada. Para a vaga, a Funasa divulgou que o indigenista Nilton Roland seria o novo chefe do Distrito.
Por um período de dois anos, Jamir Ferreia teria desenvolvido um trabalho pioneiro na região, que melhorou substancialmente a vida dos índios. Com isso, as lideranças da aldeia, decidiram manter os 12 funcionários do órgão para que os representantes da Funasa se manifestassem.
Marcelo Kamaiurá Iurí, presidente do Conselho Regional de Saúde Indígena do Xingu, disse ao site da TVCA que os índios querem a permanência de Jamir na região. Eles querem negociar diretamente com o chefe da Funasa de Mato Grosso ou com um representante de Brasília. "A mudança foi feita sem consulta. Ninguém conversou com a gente para falar sobre a retirada do Jamir da região. Fomos surpreendidos com a decisão da Funasa e não aceitamos", disse Marcelo. O contato com a aldeia só é feito através de rádio.
A Funasa informou que já existe uma equipe negociando as reivindicações dos índios para a libertaçãos dos servidores. Enquanto isso, todos os reféns passam bem. Não há nenhum registro de violência e eles já entraram em contato com os familiares.
O Parque Indígena do Xingu
Criado por ato do governo federal em 1961 o Parque Indígena do Xingu (PIX) está localizado ao norte do estado do Mato Grosso, possui uma extensão de 2,8 milhões de hectares e um perímetro de 920 km. Localizado em uma área de transição ecológica, formada por florestas tropicais ao norte e cerrado ao sul, a região apresenta grande complexidade no que diz respeito à situação ecológica, social e cultural.
É habitada por 14 etnias – Kuikuro, Kalapalo, Matipu, Nahukuá, Mehinaku, Waurá, Aweti, Kamaiurá, Trumai, Yawalapiti, Suiá, Kaiabi, Ikpeng e Yudjá - que falam línguas diferentes, distribuídas em 49 aldeias e postos, com uma população de cerca de 4.700 pessoas.
De acordo com o coordenador regional do órgão, Marco Antônio Stangherling, eles estão se alimentando bem (comida é enviada à aldeia diariamente) e eles não estão sendo maltratados. Ele diz ainda que vai viajar, no começo da semana, para a região do Xingu para resolver o problema.
Na última sexta-feira, os reféns participaram de uma reunião sobre o plano de trabalho de saúde na aldeia para os próximos três anos. Na oportunidade, lideranças indígenas foram informadas que o chefe do Distrito Sanitário Indígena (Dsai), Jamir Alves Ferreira, que exerce o cargo desde 2005, estaria sendo remanejado para outra aldeia ainda não divulgada. Para a vaga, a Funasa divulgou que o indigenista Nilton Roland seria o novo chefe do Distrito.
Por um período de dois anos, Jamir Ferreia teria desenvolvido um trabalho pioneiro na região, que melhorou substancialmente a vida dos índios. Com isso, as lideranças da aldeia, decidiram manter os 12 funcionários do órgão para que os representantes da Funasa se manifestassem.
Marcelo Kamaiurá Iurí, presidente do Conselho Regional de Saúde Indígena do Xingu, disse ao site da TVCA que os índios querem a permanência de Jamir na região. Eles querem negociar diretamente com o chefe da Funasa de Mato Grosso ou com um representante de Brasília. "A mudança foi feita sem consulta. Ninguém conversou com a gente para falar sobre a retirada do Jamir da região. Fomos surpreendidos com a decisão da Funasa e não aceitamos", disse Marcelo. O contato com a aldeia só é feito através de rádio.
A Funasa informou que já existe uma equipe negociando as reivindicações dos índios para a libertaçãos dos servidores. Enquanto isso, todos os reféns passam bem. Não há nenhum registro de violência e eles já entraram em contato com os familiares.
O Parque Indígena do Xingu
Criado por ato do governo federal em 1961 o Parque Indígena do Xingu (PIX) está localizado ao norte do estado do Mato Grosso, possui uma extensão de 2,8 milhões de hectares e um perímetro de 920 km. Localizado em uma área de transição ecológica, formada por florestas tropicais ao norte e cerrado ao sul, a região apresenta grande complexidade no que diz respeito à situação ecológica, social e cultural.
É habitada por 14 etnias – Kuikuro, Kalapalo, Matipu, Nahukuá, Mehinaku, Waurá, Aweti, Kamaiurá, Trumai, Yawalapiti, Suiá, Kaiabi, Ikpeng e Yudjá - que falam línguas diferentes, distribuídas em 49 aldeias e postos, com uma população de cerca de 4.700 pessoas.
Fonte:
TVCA
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/201008/visualizar/
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