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Exército turco mata 15 rebeldes curdos do PKK
TEERÃ, 28 Out 2007 (AFP) - O Exército turco matou neste domingo 15 rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), durante uma operação no leste do país, na província de Tunceli, informou a rede de televisão CNN Turk.
A operação, da qual participaram helicópteros, foi realizada em uma região montanhosa, próxima à cidade de Pulumur, cerca de 600 quilômetros ao norte da fronteira com o Iraque, segundo a mesma fonte.
A principal estrada entre a cidade de Tunceli, um grande feudo do PKK, e a província vizinha de Erzurum, mais a leste, foi fechada na manhã deste domingo quando a operação de limpeza começou, informou esta mesma fonte.
A operação foi realizada depois da explosão na quarta-feira nesta região de dois artefatos no momento em que o Exército se preparava para desarmar minas. A explosão não deixou vítimas.
Nenhuma confirmação oficial do incidente deste domingo foi fornecida até o momento.
O Exército turco prometeu uma resposta "que não se pode nem imaginar" aos ataques praticados pelos rebeldes curdos, em uma mensagem do chefe do Estado Maior divulgada neste domingo em ocasião da festa que lembra a proclamação da República, que será celebrada na segunda-feira.
"Aqueles que nos fazem sofrer, sofrerão a um nível que não podem nem imaginar e estamos determinados a este respeito", declarou o general Yasar Buyukanit em uma mensagem divulgada na véspera do 84º aniversário da criação da República Turca, no dia 29 de outubro de 1923.
O Exército de Ancara afirma ter matado mais de 60 rebeldes curdos depois do ataque lançado pelo PKK no dia 21 de outubro no qual morreram doze soldados turcos.
Outros oito militares são mantidos como prisioneiros pelo PKK.
Após o ataque, a Turquia ameaçou intervir militarmente no norte do Iraque, onde os rebeldes se refugiam e planejam seus ataques.
Nesse contexto, o ministro turco das Relações Exteriores, Ali Babacan, lembrou neste domingo, durante uma visita ao Irã, que Ancara mantém aberta a opção militar contra os rebeldes curdos no norte do Iraque, apesar de não ter obtido o apoio de Teerã.
"Dispomos de diferentes instrumentos. Podemos utilizar a via diplomática ou recorrer à força militar", declarou Babacan após uma reunião com seu colega iraniano Manuchehr Mottaki em Teerã.
"Todas (estas) opções estão sobre a mesa", acrescentou o ministro turco, citado pela rede de TV iraniana Press-TV.
"O povo turco perdeu a paciência; pedimos a todos os nossos amigos que nos apóiem em nossos esforços, em nosso combate contra o terrorismo", acrescentou.
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadineyad, privilegiou uma solução política durante uma conversa por telefone no sábado com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.
"Ambos os governantes destacaram que a opção militar não é a única forma para se chegar a uma solução para a crise, que deve ser resolvida de maneira pacífica", ressaltou um comunicado do gabinete do primeiro-ministro iraquiano divulgado neste domingo em Bagdá.
Teerã considera que uma intervenção turca enfraqueceria o governo iraquiano, formado por grupos xiitas e curdos aliados do Irã.
Por outro lado, Mottaki mencionou o papel dos Estados Unidos na crise atual.
"As atividades terroristas no norte do Iraque aumentaram com a presença de forças estrangeiras (americanas) neste país; sem dúvida alguma, essas atividades não são realizadas sem o apoio dos estrangeiros", declarou. O chanceler iraniano denunciou também "os acordos secretos entre os Estados Unidos e os grupos terroristas".
O Irã acusa os Estados Unidos de apoiarem grupos terroristas hostis ao governo iraniano, em especial o Pejak, movimento curdo-iraniano ligado ao PKK.
O presidente iraniano conversou também no sábado com seu colega iraquiano, Jalal Talabani, para quem afirmou que "os terroristas prejudicam os povos iraniano, iraquiano e turco".
Mottaki deverá viajar na segunda-feira para Damasco para debater esta crise com autoridades sírias.
O presidente sírio, Bashar al-Asad, cujo país é o principal aliado árabe do Irã na região, tinha dado seu apoio a uma eventual intervenção militar turca antes de relevar suas declarações.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no sábado que Ancara não hesitará em lançar uma operação contra os rebeldes curdos no Iraque "quando for necessário" sem levar em consideração a opinião da comunidade internacional.
A operação, da qual participaram helicópteros, foi realizada em uma região montanhosa, próxima à cidade de Pulumur, cerca de 600 quilômetros ao norte da fronteira com o Iraque, segundo a mesma fonte.
A principal estrada entre a cidade de Tunceli, um grande feudo do PKK, e a província vizinha de Erzurum, mais a leste, foi fechada na manhã deste domingo quando a operação de limpeza começou, informou esta mesma fonte.
A operação foi realizada depois da explosão na quarta-feira nesta região de dois artefatos no momento em que o Exército se preparava para desarmar minas. A explosão não deixou vítimas.
Nenhuma confirmação oficial do incidente deste domingo foi fornecida até o momento.
O Exército turco prometeu uma resposta "que não se pode nem imaginar" aos ataques praticados pelos rebeldes curdos, em uma mensagem do chefe do Estado Maior divulgada neste domingo em ocasião da festa que lembra a proclamação da República, que será celebrada na segunda-feira.
"Aqueles que nos fazem sofrer, sofrerão a um nível que não podem nem imaginar e estamos determinados a este respeito", declarou o general Yasar Buyukanit em uma mensagem divulgada na véspera do 84º aniversário da criação da República Turca, no dia 29 de outubro de 1923.
O Exército de Ancara afirma ter matado mais de 60 rebeldes curdos depois do ataque lançado pelo PKK no dia 21 de outubro no qual morreram doze soldados turcos.
Outros oito militares são mantidos como prisioneiros pelo PKK.
Após o ataque, a Turquia ameaçou intervir militarmente no norte do Iraque, onde os rebeldes se refugiam e planejam seus ataques.
Nesse contexto, o ministro turco das Relações Exteriores, Ali Babacan, lembrou neste domingo, durante uma visita ao Irã, que Ancara mantém aberta a opção militar contra os rebeldes curdos no norte do Iraque, apesar de não ter obtido o apoio de Teerã.
"Dispomos de diferentes instrumentos. Podemos utilizar a via diplomática ou recorrer à força militar", declarou Babacan após uma reunião com seu colega iraniano Manuchehr Mottaki em Teerã.
"Todas (estas) opções estão sobre a mesa", acrescentou o ministro turco, citado pela rede de TV iraniana Press-TV.
"O povo turco perdeu a paciência; pedimos a todos os nossos amigos que nos apóiem em nossos esforços, em nosso combate contra o terrorismo", acrescentou.
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadineyad, privilegiou uma solução política durante uma conversa por telefone no sábado com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.
"Ambos os governantes destacaram que a opção militar não é a única forma para se chegar a uma solução para a crise, que deve ser resolvida de maneira pacífica", ressaltou um comunicado do gabinete do primeiro-ministro iraquiano divulgado neste domingo em Bagdá.
Teerã considera que uma intervenção turca enfraqueceria o governo iraquiano, formado por grupos xiitas e curdos aliados do Irã.
Por outro lado, Mottaki mencionou o papel dos Estados Unidos na crise atual.
"As atividades terroristas no norte do Iraque aumentaram com a presença de forças estrangeiras (americanas) neste país; sem dúvida alguma, essas atividades não são realizadas sem o apoio dos estrangeiros", declarou. O chanceler iraniano denunciou também "os acordos secretos entre os Estados Unidos e os grupos terroristas".
O Irã acusa os Estados Unidos de apoiarem grupos terroristas hostis ao governo iraniano, em especial o Pejak, movimento curdo-iraniano ligado ao PKK.
O presidente iraniano conversou também no sábado com seu colega iraquiano, Jalal Talabani, para quem afirmou que "os terroristas prejudicam os povos iraniano, iraquiano e turco".
Mottaki deverá viajar na segunda-feira para Damasco para debater esta crise com autoridades sírias.
O presidente sírio, Bashar al-Asad, cujo país é o principal aliado árabe do Irã na região, tinha dado seu apoio a uma eventual intervenção militar turca antes de relevar suas declarações.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no sábado que Ancara não hesitará em lançar uma operação contra os rebeldes curdos no Iraque "quando for necessário" sem levar em consideração a opinião da comunidade internacional.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/201025/visualizar/
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