Anvisa interdita sete lotes de leite da Parmalat, Calu e Centenário
Sete lotes de leite integral tipo longa vida comercializados pelas empresas Parmalat, Calu e Centenário foram interditados preventivamente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), nesta sexta-feira. Segundo a agência, a interdição foi determinada com base em laudos da Polícia Federal que constataram irregularidades no processamento do leite.
Por "medida de precaução e segurança à saúde", a Anvisa orienta as pessoas que tiverem leites destes lotes em casa a não os consumirem enquanto as investigações estiverem em andamento. Para a Anvisa, a ingestão do leite não representa risco iminente à saúde, mas a orientação é para que as pessoas fiquem atentas ao eventual surgimento de sintomas.
Com a interdição também fica proibido comercializar unidades destes lotes.
Confira os lotes interditados:
Parmalat - lotes LCZL062:3 e LCZL01 12:42
Calu - lotes 4G, 4K e 4W
Centenário - lote 1 (com fabricação em 25/07/2007) e lote 2 (com fabricação em 28/07/2007)
De acordo com os laudos da PF, as amostras destes lotes examinadas estão em desacordo com os padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura. Os exames não detectaram presença de soda cáustica.
Quando terminarem as investigações, a Anvisa deverá aplicar sanções que variam desde a interdição cautelar dos leites até a apreensão dos produtos adulterados em todo o território nacional. As empresas também estão sujeitas a multas de até R$ 1,5 milhão.
Quem perceber qualquer aspecto diferente no leite --cor, odor ou sabor-- deve comunicar o fato à Vigilância Sanitária local ou entrar em contato com a própria Anvisa pelo e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br.
Novos exames
Ontem (25), a Anvisa e as Vigilâncias Sanitárias de Minas e de Uberaba (MG) encaminharam amostras de leite da Parmalat, da Calu e da Centenário com suspeita de adulteração à Funed (Fundação Ezequiel Dias). Os novos testes irão detectar quais substâncias foram adicionadas de forma irregular ao leite longa vida.
Conforme as investigações, as cooperativas Casmil e Copervale --localizadas em Passos e Uberaba, respectivamente-- adicionavam produtos como soda cáustica, citrato de sódio e ácido cítrico com o objetivo de aumentar o prazo de validade e disfarçar problemas.
Comentários