Justiça decreta prisão preventiva de grupo comandado por Arcanjo
A Justiça de Mato Grosso decretou ontem a prisão preventiva de 15 pessoas acusadas na Operação Arrego, deflagrada no último dia 16, contra o esquema comandado pelo ex-policial e bicheiro João Arcanjo Ribeiro, 56. O pedido foi feito sob alegação de que o grupo possui “alto poder econômico e grande inserção no aparato repressivo estatal”, prejudicando o recolhimento de provas.
Geovane Zem Rodrigues, apontado como gerente-geral da organização criminosa, Awanio Moreira da Silva, Agnaldo Gomes Azevedo, Romana Zem Rodrigues, Keila Cristina Untar, os policiais civis Hiroshi Wakiama e Onésimo Martins de Campos, os policiais militares Robson Bernadirno da Silva, Anilton Sergio da Silva, Gilmar Pereira e Basílio Monteiro de Oliveira, Rene Robert Lima e os delegados Richard Damasceno e Helena Yloise de Miranda, além de Arcanjo, tiveram a prisão preventiva decretada após o vencimento da temporária, válida por dez dias.
Com exceção de Arcanjo, transferido para o presídio federal de Mato Grosso do Sul, todos estão em Cuiabá. O MPE também ofereceu denúncia à Justiça contra os 15 acusados e o advogado Silvio Alexandre de Menezes, que já está em liberdade.
Os denunciados podem responder a processo por corrupção ativa, formação de quadrilha, corrupção passiva e favorecimento real. Em alguns casos, o crime de corrupção foi tipificado como qualificado.
Cinco anos após ter tido a prisão decretada em outra operação policial sob a acusação de chefiar o crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, continuou a comandar o jogo do bicho de dentro do presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, onde estava desde março de 2006.
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