Consumidor poderia economizar até 30% com remédios fracionados
Levantamento realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em 25 farmácias e drogarias aponta que o consumidor poderia economizar até 30% com a compra de remédios fracionados.
No entanto, eles ainda não são uma realidade no mercado. Dos estabelecimentos pesquisados, apenas um comercializava medicamentos assim, e ainda de maneira errada (sem embalagem própria, sem bula e em área não apropriada).
Diferenças de custo
Para um tratamento de 7 dias com sulfametoxazol + trimetoprima (Bactrim), por exemplo, o consumidor economizaria 30% com os remédios fracionados. Tomando um comprimido duas vezes por dia, seriam necessárias 14 unidades, ou duas caixas (com dez cada uma).
Desta maneira, o paciente teria de gastar R$ 30,38 com a compra do medicamento vendido em caixa e ficar com 6 comprimidos sem uso. Já se adquirisse as 14 unidades pelo método de venda fracionada, pagaria R$ 21,27.
Segundo o Idec, a economia média com o fracionamento de remédios é de 10,4%. No entanto, pode atingir 66,45%, se for comparado o custo total de um tratamento com um mesmo medicamento fracionado nas versões genérica e de referência.
Entenda melhor
A única diferença entre os remédios comuns e os fracionados é que cada unidade destes últimos pode ser vendida separadamente. Outro detalhe importante é que tanto medicamentos de marca quanto genéricos podem ser comercializados desta maneira.
Entretanto, é importante que o consumidor saiba que é necessária a existência de uma segunda embalagem para a venda do fracionado, onde deve haver uma bula do remédio e uma etiqueta com o nome da farmácia ou drogaria, do farmacêutico, do medicamento, a data de validade e o número do lote do produto.
Segurança
Além da economia, o fracionamento também traz mais segurança às pessoas. Isso porque, com a compra da quantidade exata a ser tomada do remédio, evita-se o armazenamento dele em casa, o que diminui os riscos de automedicação e ingestão acidental por crianças, por exemplo.
Ainda de acordo com o Idec, guardar medicamentos em casa também pode comprometer a qualidade deles (devido às condições e ao tempo de armazenamento) e, conseqüentemente, do tratamento.
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