17 ligações garantem liberdade a "apontador" de Arcanjo
Os militares, que prenderam o apontador, pediam R$ 1 mil para liberá-lo. Awanio, um dos gerentes do jogo do bicho em Cuiabá oferece R$ 300. O policial não aceita e ameaça levar o apontador para a delegacia.
A conversa continua. Awanio liga para Geovane, que se mostra muito preocupado, inclusive com o fato de que se o apontador já tinha recolhido as apostas e com o dinheiro que o apontador tinha e afirma várias vezes que Awanio tem que verificar se eles "não meteram a mão na bolsa".
No primeiro contato de Awanio com o policial, o gerente fala que os negócios estão fracos e pede para ele abaixar o valor. A negociação não prospera. Depois o policial abaixa o valor para R$ 800, mas antes de Awanio entregar o dinheiro, o apontador é levado para a delegacia. Com isso, Awanio liga para Geovane preocupado com um advogado. Quem vai é o advogado Silvio Alexandre Menezes, preso na operação Arrego.
Na delegacia - As conversas de Awanio continuam com o advogado Silvio, que tenta negociar a liberação da moto do apontador. Nas ligações, o advogado combina que vai dar R$ 100 para "dois cara" que teriam ajudado na liberação. Ele cita o apoio de "Iroshi, aquele japonês, e o Poconé". São, na verdade, os investigadores Hiroshi Wakiejama e Onésimo Martins de Campos, o "Poconé", presos na operação Arrego.
Nas investigações ficou comprovado que os policiais que prenderam o apontador são os quatro PMs presos na operação: Robson Bernardinho da Silva, que teria tentado negociar, Anilston Sérgio da Silva, Basílio Monteiro de Oliveira e Gilmar da Silva Pereira.
A reportagem do Jornal A Gazeta teve acesso ontem a essas degravações.
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