Repórter News - reporternews.com.br
Túnel Rebouças sofre novo deslizamento
A terra voltou a desmoronar no final da noite desta quarta-feira (24) bloqueando ainda mais o Túnel Rebouças, principal via de acesso entre as Zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro. O novo desabamento, provocado pela chuva que atinge o Rio desde a noite de terça-feira (23), atrasou ainda mais o início das obras no local. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuva forte até sexta-feira (26).
O primeiro deslizamento aconteceu na noite de terça-feira. Durante a manhã e a tarde desta quarta (24), uma série de deslizamentos - pelo menos, cinco de grande porte - fechou o túnel. O Rio amanheceu engarrafado.
O acidente até agora não possui uma explicação: o prefeito César Maia disse que, além da chuva, houve o rompimento de uma tubulação de água que passa sob a encosta, mas o Governo do Estado afirmou que, ali, não há qualquer tubulação.
A Secretaria municipal de Obras informou que o trabalho de limpeza só vai começar quando a chuva parar. O trabalho de retirada de toda a terra vai demorar no mínimo 48 horas. Segundo o secretário Eider Dantas, em 24 horas choveu 219 milímetros no Cosme Velho, bairro da Zona Sul onde houve o acidente. O normal para essa época do ano é 90 milímetros, no mês inteiro.
A Defesa Civil da cidade está em alerta. A quantidade de chuva que caiu nesta quarta-feira aumentou os riscos de deslizamentos em todo o Rio de Janeiro.
Túnel deve ser liberado em uma semana
Embora o secretário Dantas não tenha feito qualquer previsão em entrevista ao RJTV, a secretaria informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que o desbloqueio da segunda galeria no sentido Norte-Sul do Túnel Rebouças deve levar uma semana. Já as galerias no sentido contrário, Sul-Norte, da Lagoa para o Rio Comprido, devem ser liberadas no período da tarde desta quinta-feira (25).
Se a prefeitura põe a culpa na chuva, os moradores da favela do Cerro-Corá, que fica em cima da galeria onde houve o deslocamento da terra, apontam para um suposto rompimento de uma tubulação de água como causa do acidente. O prefeito César Maia prometeu investigar.
Em entrevista, Dantas informou que 7 mil toneladas de barro e lama caíram da encosta, o que equivale a 700 caminhões cheios. Ainda de acordo com Dantas, a previsão da Secretaria é que esse número chegue a 10 mil toneladas.
Chuva não pára na quinta, prevê meteorologia
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais 48 horas de chuva.
“É muita chuva. Acabou tendo esse deslizamento. Estamos esperando que a chuva pare para os 150 homens que estão no local (Rebouças) começarem a trabalhar. Por causa da chuva forte, não tem segurança”, lamentou Eider Dantas.
O secretário afirma ainda que a área é constantemente monitorada e que o muro e a encosta de proteção foram construídos para evitar deslizamentos. Segundo ele, o total de terra que deslizou até o momento daria para encher 700 caminhões - seriam sete mil toneladas de terra e lama.
Investigação
O prefeito César Maia disse que o motivo do deslizamento está sendo investigado. "Temos que buscar as razões do desabamento. Estamos trabalhando lá em cima, perto do Cerro-Corá, com grupo de homens em cima de uma tubulação. Essa tubulação rompeu. Mesmo antes da chuva já vieram alguns deslizamentos. Temos que analisar direito se essa tubulação está na causa ou não esta na causa dos deslizamentos posteriores."
O presidente da Cedae, Wagner Victer, disse, no entanto, que é improvável que o deslizamento tenha sido causado por uma tubulação de água, já que não há adutora no morro do Cerro-Corá, apenas um cano fino de PVC. “Se alguém passou isso para o prefeito, só tem três alternativas: ou é mal informado, ou mal intencionado ou não tem formação técnica", disse Victer.
A Secretaria municipal de Transportes aconselha a população a deixar o carro na garagem e usar o transporte público, principalmente o metrô e trens.
História
O Túnel Rebouças começa no bairro do Rio Comprido, na Zona Norte do Rio. Uma galeria vai até o bairro do Cosme Velho, e a outra até a Lagoa, na Zona Sul. Juntas, as galerias têm dois quilômetros e oitocentos metros de extensão.
O túnel começou a ser construído em 1962 pelo governador Carlos Lacerda, o idealizador da obra, e foi inaugurado em 1967 no governo de Negrão de Lima. A capacidade projetada era de 70 mil carros por dia, mas hoje chega a receber quase três vezes mais: 190 mil veículos circulam por suas seis pistas.
A Secretaria municipal de Transportes do Rio de Janeiro informou que o Túnel Rebouças já foi fechado outras vezes por causa de deslizamentos ocorridos em 1987 e 1989.
O primeiro deslizamento aconteceu na noite de terça-feira. Durante a manhã e a tarde desta quarta (24), uma série de deslizamentos - pelo menos, cinco de grande porte - fechou o túnel. O Rio amanheceu engarrafado.
O acidente até agora não possui uma explicação: o prefeito César Maia disse que, além da chuva, houve o rompimento de uma tubulação de água que passa sob a encosta, mas o Governo do Estado afirmou que, ali, não há qualquer tubulação.
A Secretaria municipal de Obras informou que o trabalho de limpeza só vai começar quando a chuva parar. O trabalho de retirada de toda a terra vai demorar no mínimo 48 horas. Segundo o secretário Eider Dantas, em 24 horas choveu 219 milímetros no Cosme Velho, bairro da Zona Sul onde houve o acidente. O normal para essa época do ano é 90 milímetros, no mês inteiro.
A Defesa Civil da cidade está em alerta. A quantidade de chuva que caiu nesta quarta-feira aumentou os riscos de deslizamentos em todo o Rio de Janeiro.
Túnel deve ser liberado em uma semana
Embora o secretário Dantas não tenha feito qualquer previsão em entrevista ao RJTV, a secretaria informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que o desbloqueio da segunda galeria no sentido Norte-Sul do Túnel Rebouças deve levar uma semana. Já as galerias no sentido contrário, Sul-Norte, da Lagoa para o Rio Comprido, devem ser liberadas no período da tarde desta quinta-feira (25).
Se a prefeitura põe a culpa na chuva, os moradores da favela do Cerro-Corá, que fica em cima da galeria onde houve o deslocamento da terra, apontam para um suposto rompimento de uma tubulação de água como causa do acidente. O prefeito César Maia prometeu investigar.
Em entrevista, Dantas informou que 7 mil toneladas de barro e lama caíram da encosta, o que equivale a 700 caminhões cheios. Ainda de acordo com Dantas, a previsão da Secretaria é que esse número chegue a 10 mil toneladas.
Chuva não pára na quinta, prevê meteorologia
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais 48 horas de chuva.
“É muita chuva. Acabou tendo esse deslizamento. Estamos esperando que a chuva pare para os 150 homens que estão no local (Rebouças) começarem a trabalhar. Por causa da chuva forte, não tem segurança”, lamentou Eider Dantas.
O secretário afirma ainda que a área é constantemente monitorada e que o muro e a encosta de proteção foram construídos para evitar deslizamentos. Segundo ele, o total de terra que deslizou até o momento daria para encher 700 caminhões - seriam sete mil toneladas de terra e lama.
Investigação
O prefeito César Maia disse que o motivo do deslizamento está sendo investigado. "Temos que buscar as razões do desabamento. Estamos trabalhando lá em cima, perto do Cerro-Corá, com grupo de homens em cima de uma tubulação. Essa tubulação rompeu. Mesmo antes da chuva já vieram alguns deslizamentos. Temos que analisar direito se essa tubulação está na causa ou não esta na causa dos deslizamentos posteriores."
O presidente da Cedae, Wagner Victer, disse, no entanto, que é improvável que o deslizamento tenha sido causado por uma tubulação de água, já que não há adutora no morro do Cerro-Corá, apenas um cano fino de PVC. “Se alguém passou isso para o prefeito, só tem três alternativas: ou é mal informado, ou mal intencionado ou não tem formação técnica", disse Victer.
A Secretaria municipal de Transportes aconselha a população a deixar o carro na garagem e usar o transporte público, principalmente o metrô e trens.
História
O Túnel Rebouças começa no bairro do Rio Comprido, na Zona Norte do Rio. Uma galeria vai até o bairro do Cosme Velho, e a outra até a Lagoa, na Zona Sul. Juntas, as galerias têm dois quilômetros e oitocentos metros de extensão.
O túnel começou a ser construído em 1962 pelo governador Carlos Lacerda, o idealizador da obra, e foi inaugurado em 1967 no governo de Negrão de Lima. A capacidade projetada era de 70 mil carros por dia, mas hoje chega a receber quase três vezes mais: 190 mil veículos circulam por suas seis pistas.
A Secretaria municipal de Transportes do Rio de Janeiro informou que o Túnel Rebouças já foi fechado outras vezes por causa de deslizamentos ocorridos em 1987 e 1989.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/201508/visualizar/
Comentários