África do Sul faz 2º recall de milhões de camisinhas
Todas as camisinhas rejeitadas haviam sido fornecidas ao governo sul-africano pela empresa Kohrs.
De 13 lotes de preservativos da Kohrs verificados, cinco não resistiram a um teste de resistência com injeção de ar, o que levou o governo a cancelar o contrato com a empresa até que ela tome providências para resolver o problema.
Este é o segundo recall de preservativos do estoque do governo da África do Sul nos últimos meses e pode representar um golpe contra a prevenção da Aids no país, onde há mais de cinco milhões de portadores do HIV.
Críticas
"Durante este ano fiscal, a Kohrs forneceu cinco milhões de preservativos”, disse o ministro da Saúde, Manto Tshabalala-Msimang, no site do Ministério. “Destes, mais de um milhão foram separados nos locais de distribuição, como parte do processo de auditoria."
Em agosto, o governo da África do Sul determinou o recall de 20 milhões de preservativos fabricados por outra companhia, a Zalatex. Apenas 12 milhões foram recolhidos.
Dois funcionários da Zalatex estão sendo acusados de fraude e corrupção depois de uma suposta tentativa de suborno de um inspetor do governo para aprovar os preservativos com defeito.
O Ministério da Saúde informou que outras cinco empresas que fornecem camisinhas ao governo vão assumir os compromissos da Zalatex e da Kohrs.
O governo da África do Sul distribui mais de 400 milhões de preservativos por ano para tentar controlar as taxas de natalidade e também e as doenças sexualmente transmissíveis, entre elas, a Aids.
Mas críticos afirmam que as políticas do governo são lentas demais para tentar impedir o avanço do HIV.
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