'Aborto não é solução para reduzir violência', diz entidade
Para Dulcelina, "reduzir a violência não tem nada a ver" com legalização do aborto. "O que gera a violência é a falta de acesso à educação, a falta de políticas públicas para cuidar das crianças. O aborto não é solução para redução da violência, é um perigo grande pensar por esse lado."
Cabral disse que a interrupção da gravidez "tem tudo a ver com a violência pública". "Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal", afirmou o governador - clique aqui para ler a entrevista com Cabral.
Segundo a socióloga, a legalização do aborto deve ser pensada como uma questão de saúde pública. "Não é como forma de controle da natalidade, o movimento de mulheres não defende o aborto de forma nenhuma como controle de natalidade. É uma visão completamente ultrapassada."
Dulcelina afirma ainda que o movimento feminista tem buscado desde a década de 60 e 70 enfatizar os direitos reprodutivos como direito de escolha da mulher e do casal e que o Católicas pelo Direito de Decidir não encontra dificuldades dentro da Igreja Católica.
"A gente fica muito à vontade pra defender não o aborto em si, mas a mudança da lei para defender as mulheres. A maternidade tem de ser uma opção. Na situação em que vivemos e com o risco de saúde que muitas mulheres correm, não estaríamos sendo solidárias como essas mulheres se não defendêssemos mudança na lei", disse a socióloga.
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