Agricultor orgânico já processa a produção
Contando apenas com mão-de-obra familiar, o primeiro produto que saiu da cozinha montada para o processamento foi o caqui desidratado. "Mas percebemos que a cozinha ficaria ociosa e aumentamos a variedade de produtos." Além dos 4 hectares de caqui, a família passou a cultivar meio hectare de uva e meio hectare de amora no sítio, em Campina Grande do Sul (PR).
Com isso, a linha de produtos, que ganhou a marca Quina Amarela, foi incrementada com geléias, hoje o principal produto da marca, e novos sabores. "Agora estamos finalizando o processo de industrialização do vinagre de caqui", revelou Passos, durante a Biofach América Latina, que terminou na quinta-feira, em São Paulo (SP).
Os produtos orgânicos industrializados dominaram a Biofach. E chama atenção o grande números de produtores, inclusive familiares, como Passos, que processam a produção como alternativa para melhorar a renda. "O Brasil é conhecido internacionalmente como produtor de produtos primários. Temos de mudar isso. Valorizar nossa produção", defende o gestor do projeto Organics Brasil, Ming Liu.
Para o agrônomo José Pedro Santiago, do Instituto Biodinâmico (IBD), certificadora nacional de orgânicos, a verticalização - ou seja, a produção e o processamento da matéria-prima na propriedade rural - da produção orgânica é uma tendência. "Isso é bom e necessário. Além de agregar valor, o agricultor amplia mercados." Outra vantagem é que o produtor pode programar as vendas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo/Agrícola
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