Metade da população mundial está obesa ou acima do peso, diz estudo
Mais de metade da população mundial está obesa ou acima do peso, apontou uma pesquisa global publicada na revista científica americana Circulation Journal.
O estudo, que analisou dados de 182.970 pessoas de 63 países nos cinco continentes, mostrou que 50% das mulheres e 60% dos homens analisados estão acima do peso ou obesos.
Ao considerar apenas os dados sobre obesidade, o levantamento revelou que um quase um quarto dos homens (24%) e 27% das mulheres estão obesos.
Os cientistas, liderados pelo médico Berverley Balkau, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas da França, utilizaram o Índice de Massa Corporal (IMC) para avaliar o grau de obesidade dos voluntários.
O IMC é um padrão internacional e é calculado dividindo-se o peso pela altura ao quadrado. Pessoas com IMC entre 18 e 24 estão dentro do peso, as que se enquadram entre 25 e 30 estão acima, e as que ultrapassaram o índice de 30 são consideradas obesas.
O país com maior número de obesos - entre os analisados - foi o Canadá (36%) e as regiões com os menores índices de obesidade foram o leste e o sul asiático (7%). Os Estados Unidos não foram analisados na pesquisa.
A África do Sul (33%) e os países do Oriente Médio (36%) também apresentaram grandes índices de obesidade.
Na América Latina, os pesquisadores identificaram que 29% dos pesquisados estavam obesos.
“Os resultados da pesquisa mostram que o excesso de peso está virando uma pandemia, com mais da metade da população acima do peso ou obesa”, disse Berverley Balkau.
O levantamento ainda pesquisou como a obesidade está afetando a saúde das pessoas e revelou que entre os entrevistados, 16% dos homens 13% das mulheres apresentavam doenças cardiovasculares e que a diabetes atingia 13% dos homens e 11% das mulheres em todas as regiões pesquisadas.
“A obesidade está associada diretamente ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes e se tornou um grande problema de saúde pública que ameaça boa parte da população e sobrecarrega os serviços públicos de saúde”, concluíram os pesquisadores.
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