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Saúde
Terça - 23 de Outubro de 2007 às 15:01
Por: Caroline Miranda

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O Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão responsável pelo serviço de Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome), atesta que Mato Grosso possui cinco doadores compatíveis inseridos no cadastro internacional, nacional e estadual.

Segundo a assistente social do MT – Hemocentro, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Heloíse Angélica Amorim Dias, desde a sua implantação, em fevereiro de 2005, até o presente momento o Redome de Mato Grosso possui em seu cadastro 4.200 possíveis doadores. " No primeiro ano de funcionamento foram cadastrados 757 pessoas. Em 2006 foram cadastrados outros 643 possíveis doadores. E, neste ano de 2007, já conseguimos registrar 2.800 doadores”, informou.

Heloíse Dias explica que Mato Grosso vem crescendo no seu cadastro de doadores. "A probabilidade de se achar um doador compatível dentro do Brasil é de um para cada cem mil cadastrados. Por isso é necessário sensibilizarmos a população para ser um doador diante da probabilidade de compatibilidade”.

Três doadores compatíveis foram cadastrados na sede do MT-Hemocentro, um doador compatível foi localizado em campanha de cadastramento realizada em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e outro localizado durante campanha de cadastramento no município de Tangará da Serra (região Médio Norte do Estado).”Esses doadores salvaram vidas.O que é gratificante”.

MT HEMOCENTRO

É uma unidade desconcentrada da Secretaria de Estado de Saúde que, além de trabalhar com os serviços de Doação de Sangue, atua também como captador do serviço de Redome. O Redome tem como principal objetivo cadastrar doadores voluntários de medula óssea reunindo informações como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas de pessoas que se dispõem a doar a medula para transplante.

De acordo com a assistente social, a estratégia que vem sendo utilizada para cada vez mais aumentar o Cadastro de Doadores de Medula Óssea é a de campanhas de sensibilização de toda população. “A cada ano, podemos perceber uma melhora significativa. Estamos começando a colher os frutos. É um trabalho de formiguinha, mudar a opinião das pessoas com relação a transplantes leva algum tempo”, comentou Heloíse Dias.

A mudança pode ser percebida no dia a dia do MT-Hemocentro. Deusdete Augusta, de 43 anos, moradora do município de Santo Antonio do Leste, em visita aos familiares na capital aproveitou a estadia para se cadastrar como doadora da medula óssea. Segundo ela, a prática de doação é uma demonstração de que estamos vivos, e podemos contribuir para o bem estar das pessoas que precisam. “Sempre quis doar sangue, mas devido ao baixo peso não nunca pude doar. Então fiquei sabendo do transplante de medula óssea, e resolvi me cadastrar. Sempre que posso, busco auxiliar o próximo”, enfatizou ela.

As atividades de conscientização vêm sendo realizadas em parceria com universidades, organizações e entidades públicas e privadas tanto na capital quanto nos municípios do interior do Estado. De acordo com a assistente social, só nesse ano, foram realizadas campanhas no Espaço Ganha Tempo, na Assembléia Legislativa, Secretaria de Estado de Infra Estrutura, Universidade Federal de Mato Grosso e nos municípios de Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde e Tangará da Serra.

O procedimento para captação de doador compatível da medula óssea inicia com a busca de doadores dentro da própria família. Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível no Registro de Doadores e, se encontrado, articula-se a doação. “Pessoas da mesma família tem 25% de chance de ser um doador compatível, a probabilidade é bem maior. Caso contrário, as chances são entre um em cem mil pessoas”, declarou a assistente social.

COMO SE CADASTRAR

Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos, tenha boa saúde e não apresente doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, pode se cadastrar mo MT – Hemocentro como doador voluntário de medula óssea. O candidato recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue, que será submetida ao exame de classificação da medula (HLA - características genéticas importantes para a seleção de um doador) e enviado ao Redome, cujo cadastro central é sediado no Estado do Rio de Janeiro.

Quando surgir compatibilidade do doador com algum dos pacientes que aguardam o transplante, novos procedimentos vão garantir a efetivação da doação. No momento do cadastro, é indispensável à apresentação da carteira de identidade ou da carteira de trabalho na unidade do MT-Hemocentro.

No retirada da amostra de sangue o doador assina um Termo de Consentimento onde os seus dados cadastrais, o resultado da tipagem HLA e os outros resultados dos exames de Histocompatibilidade/Imunogenética serão incluídos no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea - Redome, coordenado pelo Laboratório de Imunogenética do Instituto Nacional de Câncer –Inca, do Ministério da Saúde.

MEDULA ÓSSEA

O transplante é recomendado a pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como leucemias, anemias e linfomas. O transplante é a substituição da medula óssea doente por uma saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células da medula óssea e do sangue.

A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por tutano. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue, as hemáceas, os leucócitos e as plaquetas. “A doação de medula óssea é um procedimento seguro, que não causa qualquer comprometimento à saúde do doador”, finalizou a assistente social, Heloíse Dias.





Fonte: Assessoria/SES-MT

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