Absolvido homem acusado de matar a professora Monserrath
Marcos Luiz dos Reis, acusado de matar a professora Monserrath Borges, em 1998, foi absolvido por insuficiência de provas. O julgamento durou mais de 11 horas e terminou à meia noite. Foram quase 10 anos de espera da família da vítima.
O réu, o servidor público Marcos Luiz dos Reis, foi a última pessoa que esteve com a vítima antes de ela ser morta. No interrogatório, o acusado respondeu todas as perguntas e voltou a negar as acusações. Ele disse que a professora só foi assassinada depois de deixá-lo na casa da mãe dele.
O crime foi em junho de 1998. A professora foi morta com um canivete que guardava dentro do porta-luvas do carro. Monserrath e Marcos tinham um relacionamento amoroso. Ela era 17 anos mais velha do que ele. De acordo com o inquérito policial, os dois brigaram na noite do crime. O advogado de defesa contesta. "Tem uma testemunha que é como se fosse uma irmã para a vítima, que esteve junto com ela e com o Marcos, a partir das 20 horas, e no relato ela diz que os dois estavam muito felizes", disse o advogado de defesa Waldir Caldas.
No fim da tarde, um pedido da defesa interrompeu o julgamento por pouco mais de uma hora. Os jurados tiveram que sair do Fórum para refazer os últimos passos da professora Monserrath antes do crime. Eles foram até um posto de combustíveis, onde antes funcionava uma lanchonete. No local o casal teria se encontrado pela última vez. Os jurados também foram até a casa da mãe de Marcos e ao local onde foi encontrado o corpo da vítima. O carro estava parado em frente a uma creche no Jardim Leblon, em Cuiabá.
Para o promotor de Justiça Flávio Fachone, a diligência foi importante para esclarecer possíveis dúvidas dos jurados. "Fica mais fácil pra compreender a dinâmica dos fatos, como ocorreram. É útil", garantiu. No retorno ao julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de defesa. Nenhuma presenciou o crime. Os depoimentos ficaram restritos ao encontro do casal na lanchonete.
Depois de ouvir as testemunhas e das argumentações do promotor e advogado de defesa, o júri se reuniu para dar a sentença. Os jurados decidiram absolver o acusado por insuficiência de provas.
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