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Economia
Terça - 23 de Outubro de 2007 às 07:25
Por: Fabiana Reis

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Quatro frigoríficos de Mato Grosso foram reabilitados pelo governo russo para exportar carne bovina depois de cerca de cinco meses de embargo. O anúncio foi feito pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A retomada das atividades para o atendimento ao mercado russo foi feita depois que técnicos daquele país vieram ao Brasil no mês passado e verificaram que o governo tomou medidas para erradicação da febre aftosa, sendo que o Estado não registra casos da doença há 12 anos.

As unidades do Estado que poderão novamente embarcar o produto são duas plantas dos frigoríficos Quatro Marcos, localizadas em Vila Rica e Cuiabá; uma do Friboi, em Barra do Garças e uma da Sadia, em Várzea Grande. Os outros frigoríficos habilitados estão em São Paulo (2) e Tocantins (1). Além da reabertura dos frigoríficos, a federação russa autorizou que o porto de Ponta do Félix, em Antonina (PR), recomece a embarcar o produto ao país. As carnes exportadas por esta estação portuária são da região Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas, afirma que a reabertura das plantas para o comércio com aquele país vai retomar o ritmo de exportações do Estado, já que o embargo da carne mato-grossense foi feito por técnicos russos, sem explicações. "Na época não ficamos sabendo os motivos. Recebemos uma missão no Estado e ela foi embora satisfeita. No entanto, uma equipe que estava em São Paulo embargou a carne de Mato Grosso".

No Estado, conforme Freitas, há 32 frigoríficos em operação e juntos têm capacidade para abater 440 mil cabeças/mês. Ele não sabe calcular o volume exportado para o mercado russo ou europeu, mas afirma que do total enviado ao exterior 30% vão para a Rússia e 34% para a União Européia, sendo que o restante é enviado para Hong Kong, Egito, Israel, Irã, Chile e para consumo interno. "Dos 32 em operação, 25 estão habilitados para exportação, sendo 10 para a Rússia (já com os quatro reabilitados) e oito para a União Européia (UE)", diz Freitas ao completar que durante o período do embargo a estratégia adotada pelos frigoríficos foi focar em outros países como Egito e abastecer o mercado interno.





Fonte: Gazeta Digital

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