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Cidades/Geral
Quarta - 15 de Maio de 2013 às 08:04

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Mais de 300 pessoas participaram da abertura da Semana de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e a Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, no Distrito da Guia, em Cuiabá. 

A programação vai até o próximo dia 17 e inclui o lançamento do projeto "Bairros Pela Paz", hoje às 13h30, na Assembleia Legislativa. O evento busca estabelecer uma aliança entre autoridades e a sociedade civil no combate a exploração sexual infanto-juvenil. 

O local escolhido para a realização da audiência pública da campanha atendeu aos anseios sociais e das autoridades diante do crescente aumento dos crimes de estupro de vulnerável na região. 

Moradora do Distrito da Guia, a doméstica Maria Cecília Viar, de 46 anos, mãe de quatro filhos - sendo três mulheres – e de um casal de enteados, se emocionou com a apresentação de um vídeo que relata a história de uma criança de dois anos violentada pelos próprios pais. Dona Maria sai de casa todos os dias pela manhã para trabalhar e volta no fim do dia pra casa. Ela reconhece que casos assim têm se tornado cada vez mais frequentes. “O fluxo de pessoas de fora na nossa comunidade é muito grande, e isso me preocupa muito. A realização dessa campanha nos traz uma alegria muito grande, além de uma sensação de segurança”, disse a doméstica. 

O “Bairros pela Paz”, realizado pelo Ministério Público e várias instituições, vai percorrer durante um ano comunidades da Capital que registraram o maior índice de violência doméstica e familiar contra a mulher e de abuso sexual. 

“Precisamos conscientizar e proteger as mulheres, crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade. Houve um mapeamento da violência nos bairros, e a partir de agora estaremos ainda mais próximos da população do Doutor Fábio, Morada da Serra, Morada do Ouro Pedra 90, Grande CPA, Altos da Serra para acompanharmos essa situação”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa. 

Na análise da promotora de Justiça Sasenazy Soares Rocha Daufendach, a exploração sexual contra a criança e adolescente é uma das mais graves violações dos direitos humanos. “Viola não só a integridade sexual e psicológica, mas deturpa a inocência e transforma meninas e meninos em objetos”, argumenta a promotora de Justiça. 

Para a promotora de Justiça Elisamara Portela, que também participou dos trabalhos, levar o conhecimento às comunidades é demonstrar que existe respaldo para quem é vítima de violência. “Muitas vezes, as pessoas não se identificam como vítima por não saber a quem recorrer”, comentou a promotora. (Com Assessoria) 





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